Plano do governo do Estado para a área é discutido de forma participativa desde 2007
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) recebeu na semana passada a visita da jornalista filipina Mica Ruiz, atualmente radicada no Reino Unido e gerente de comunicação da parceria WWF-Reino Unido/WWF-Brasil-HSBC. Acompanhada pelo assessor de comunicação Gadelha Neto e pelo técnico Ângelo Lima, também do WWF, ela veio realizar uma reportagem com os atores locais que tiveram participação expressiva no processo de construção do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PLERH-AC).
“Como Ruiz é comunicadora do Programa de Águas do WWF da Inglaterra, seu objetivo é descobrir e contar as histórias desse processo participativo de construção do Plano”, afirmou Lima. “É muito fácil dizer que determinado projeto recuperou uma área, por exemplo, mas detectar as dificuldades e soluções encontradas num modelo participativo que envolve comunidades de difícil acesso ou mesmo isoladas, já é outra coisa.”
O Plano de Recursos Hídricos do Acre vem sendo discutido de forma participativa desde 2007, e se encontra em fase final de validação no Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia (CEMACT). Um dos fatores que o distingue, além da participação da sociedade, é sua orientação em procurar antecipar-se aos desafios provenientes da gestão desse importante recurso, em vez de elaborar uma política em resposta a conflitos ou degradações já há muito consolidadas.
“Quando assumimos o governo do Acre com o propósito de realizar aqui uma política diferenciada, pautada pela sustentabilidade e participação popular, iniciamos os estudos do Zoneamento Ecológico-Econômico visando detectar as potencialidades e restrições ao uso de nossos recursos. O WWF vem desde então atuando como um parceiro importantíssimo na construção desse instrumento”, avalia o secretário de Estado de Meio Ambiente, Edegard de Deus.
Após ser apresentada às diretrizes gerais do Plano de Recursos Hídricos pela equipe técnica da SEMA e parceiros, Ruiz seguiu viagem para Cruzeiro do Sul, onde entrará em contato com diversas comunidades que participaram na construção do documento. Apesar da agenda corrida, a jornalista não deixou de notar os diversos materiais didáticos e jogos educativos elaborados pela Sema com o intuito de divulgar os conceitos sustentáveis para a população. Através desse tipo de interlocução, boas ideias nascidas aqui podem e devem servir de modelo para a construção da sustentabilidade em outras localidades.