Gabinete de Crise organiza plano de ações para enfrentamento à baixa qualidade do ar no estado

Os representantes do governo do Acre, por meio do Gabinete de Crise da Seca e Estiagem 2024, composto pelas secretarias do Estado, reuniram-se nesta terça-feira, 3, na Casa Civil, para discutir as principais ações que serão tomadas para mitigar os impactos das crises ambientais no Estado.

Em reunião na Casa Civil, Gabinete de Crise organiza plano de ações no enfrentamento a baixa qualidade do ar no estado. Foto: Neto Lucena/ Secom

Durante a reunião, a secretária do Meio Ambiente (Sema), Julie Messias, e o secretário de Saúde (Sesacre), Pedro Pascoal, apresentaram as informações mais recentes sobre a incidência de queimadas e a qualidade do ar, conforme os dados do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), vinculado à Sema. 

Além disso, foi destacado como a crise ambiental atual tem impactado negativamente a saúde pública, aumentando os casos de doenças respiratórias, desidratação e outras condições relacionadas ao clima adverso. As informações foram balizadas nos níveis de qualidade do ar estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que indicam que a situação exige medidas urgentes e eficazes.

Secretária de Estado do Meio Ambiente, Julie Messias, apresentou as informações mais recentes sobre incidência de queimadas e qualidade do ar, conforme dados do Cigma. Foto: Neto Lucena/ Secom

Na ocasião, cada representante dos diversos eixos de atuação expôs as principais medidas para a construção de um plano de ação emergencial, visando a enfrentar a crise de forma integrada e eficaz. 

Secretário Pedro Pascoal apresentou informações de como a crise ambiental atual tem impactado negativamente a saúde pública. Foto: Neto Lucena/ Secom

O titular da Secretaria de Estado de Governo (Segov), Luiz Calixto, destacou a gravidade da situação: “Estamos diante de um desafio significativo para a saúde e o bem-estar da nossa população. Nosso compromisso, como governo, é proteger a população acreana, implementando um plano de ação robusto e articulado entre as diversas secretarias e órgãos envolvidos. A união de esforços é essencial para enfrentarmos essa crise ambiental de forma eficiente e garantirmos a segurança e a saúde de todos”.

Titular da Segov, Luiz Calixto destacou a gravidade da situação. Foto: Neto Lucena/ Secom

O plano de ações será apresentado à sociedade em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 4, às 14 horas na Sala de Reuniões, na Casa Cívil, em Rio Branco.

Orientações para evitar a exposição à fumaça intensa

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), com base nas informações cedidas pelo Ministério da Saúde (MS), apresenta orientações e recomendações para evitar a exposição da população à fumaça intensa e neblina, causadas por queimadas. Além dos esforços de combate ao fogo, é fundamental que a população se proteja, evitando, dentro do possível, a exposição aos poluentes.

A Sesacre estabelece as seguintes orientações para a população:

  • Aumentar a ingestão de água e líquidos, o que ajuda a manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas;
  • Reduzir ao máximo o tempo de exposição em ambientes abertos, recomendando-se que permaneça dentro de casa, em local ventilado, com ar condicionado ou purificadores de ar;
  • As portas e as janelas devem permanecer fechadas durante os horários com elevada concentração de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa;
  • Evitar atividades físicas em horários de elevada concentração de poluentes do ar, e entre 12 e 16 horas, quando a concentração de ozônio é mais elevada;
  • Uso de máscaras do tipo cirúrgica, pano, lenços ou bandanas podem reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas à fonte de emissão (focos de queimadas) e, portanto, melhoram o desconforto das vias aéreas superiores. Enquanto o uso de máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população.

Crianças menores de cinco anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes devem redobrar a atenção para as recomendações descritas acima para a população em geral. Além disso, devem estar atentos a sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde e buscar atendimento médico o mais rapidamente possível. Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros, devem:

  • Buscar atendimento médico para atualizar seu plano de tratamento;
  • Manter medicamentos e itens prescritos pelo profissional médico disponíveis para o caso de crises agudas;
  • Buscar atendimento médico na ocorrência de sintomas de crises;
  • Avaliar a necessidade e segurança de sair temporariamente da área impactada pela sazonalidade das queimadas.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter