Há 29 anos a Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) realiza experiências inovadoras, com foco no desenvolvimento da ciência e da tecnologia no estado. Os experimentos têm atraído o olhar de diversos estados do Brasil a cada evento de que a Funtac participa, seja de cunho científico-tecnológico ou das áreas de cosméticos e gastronomia.
Só no Laboratório de Produtos Naturais (LPN) da instituição, há trabalhos nos campos da pesquisa e manipulação de pelo menos 15 espécies de óleos naturais amazônicos.
Buriti, murmuru, açaí e patauá, entre outros, são alguns exemplos de espécies com as quais a fundação desenvolve o trabalho de capacitar famílias de comunidades extrativistas do Acre para a extração e coleta, com o objetivo de tornar todas as cadeias produtivas de oleaginosas rentáveis e comerciais.
É Panc – a Amazônia descobre a Amazônia
Nesta semana, a diretora-presidente da Funtac, Silvia Luciane Basso, esteve em Belém (PA), acompanhada pela diretora de gastronomia no Acre, Patrycia Coelho, para participar do encontro que teve como um dos realizadores o Instituto ATÁ e reuniu pesquisadores, estudantes, chefs e mateiros, para discussões que envolvem a ciência, o saber tradicional e a gastronomia.
O tema “Plantas Alimentícias Não Convencionais da Amazônia” deu origem ao evento intitulado “É Panc – a Amazônia Descobre a Amazônia”, que promoveu, inclusive, a degustação de pratos inusitados.
Entre os participantes estavam o jornalista fundador da ONG Amigos da Terra e membro do Centro de Empreendedorismo da Amazônia Roberto Esmeraldi e o renomado chef de culinária Alex Atala, que incluiu em suas receitas o óleo de patuá e a castanha do Acre.
A novidade com a utilização dos produtos acreanos ficou por conta da maionese de manteiga de murmuru feita por Atala.
“Foi muito gratificante ver o entusiasmo de todos os que estavam presentes com o que apresentamos sobre o Acre e ouvir sobre as impressões das experiências culinárias que utilizaram ingredientes da nossa Amazônia. Foi um encontro bastante enriquecedor em todos os sentidos”, frisou a diretora-presidente da Funtac Silvia Basso.