Acre: Incêndio Florestal Zero. Este é o nome do projeto que foi aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) através do Fundo Amazônia, uma fonte não-reembolsável de recurso. Já estão disponíveis na conta do Estado R$ 5,8 milhões para a compra de equipamentos para uso no combate aos incêndios florestais.
Segundo o diretor administrativo do Corpo de Bombeiros, major Carlos Batista, entre os equipamentos adquiridos estão 20 caminhonetes equipadas para o combate a incêndios. “Os caminhões são muito pesados e só trafegam no asfalto, e as pick-ups conseguem entrar aonde os caminhões não chegam. Elas serão enviadas para todos os quartéis do Corpo de Bombeiros no Estado”, explicou.
Houve uma diminuição significativa no número dos focos de incêndio entre 2010 e 2011. Em 2010 foram registrados pelo Corpo de Bombeiros 10.305 focos, enquanto no ano passado foram 3.442 registros. Mas a corporação está atenta para a estiagem deste ano. “Como tivemos um período intenso de chuvas e a cheia do rio foi muito forte, geralmente a estiagem é inversamente proporcional, ou seja, devemos enfrentar um severo período de seca e a probabilidade de um grande incêndio florestal é, nessa conjuntura, muito alta”, observa o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Flávio Pires.
O valor total do projeto “Acre: Incêndio Florestal Zero” é de R$ 13 milhões. O período de estiagem tem início em julho e se estende até outubro, mas, segundo o major Batista, os meses mais complicados são agosto e setembro. “Este é um projeto que teve início em 2010, mas foi abraçado pelo governador Tião Viana, que protocolou junto ao BNDES e, com o esforço da Secretaria de Planejamento, conseguimos aprová-lo. Ele acabou virando uma referência para os corpos de bombeiros no Brasil segundo o BNDES”, acrescentou o comandante do Corpo de Bombeiros.
Por ser um fundo não-reembolsável, o Estado não precisará devolver o recurso. O Fundo Amazônia foi criado para captar doações para investimento em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas no bioma Amazônia.