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Fundhacre intensifica atendimentos em Reumatologia

A Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre), por meio da Fundação Hospital do Acre (Fundhacre), atendeu mais de 64 mil pessoas em 2020,sendo mais de 4.900 da reumatologia. São crianças, adolescentes, adultos e idosos atendidos por especialistas que examinam, avaliam e acompanham o estado de saúde dos pacientes, buscando tratar enfermidades que atrapalham o percurso natural de uma vida saudável.

Pacientes aguardam  consulta de rotina na Fundhacre. Foto: Danna Anute

A Reumatologia, área da medicina que trata de doenças que atingem músculos, ossos, articulações e outros tecidos do corpo, está entre as especialidades oferecidas na unidade, localizada em Rio Branco. Os especialistas da Fundhacre atendem diariamente pessoas que sofrem com dores frequentes, inchaço nos braços e pernas e rigidez nas articulações.

“Desde 2009 atendo os pacientes com artrite reumatoide, artrose e espondilite anquilose. Essas doenças deformam membros do corpo e também os incapacita, além disso, quando não são tratadas, causam limitações e até a necessidade do uso de próteses”, explicou a reumatologista Adriana Marinho.

Um de seus pacientes é José Lima, de 63 anos, que tem artrite reumatoide e faz tratamento há 15 na fundação. “O trabalho da doutora Adriana é ótimo, ela me passa a medicação para amenizar as dores, e, para tratar da inflamação no meu joelho esquerdo, retorno a cada quatro meses para realizar infiltração”, conta.

Procedimento: infiltração no joelho, realizado pela reumatologista Adriana Marinho. Foto: Danna Anute

Entre as mais de 120 enfermidades geradas por doenças reumáticas, as mais comuns são artrite reumatoide, artrose degenerativa e lúpus, sendo fatores de riscos o fumo e o abuso de bebidas alcoólicas.

Consulta de rotina com a paciente Amélia Meire e os internos da Universidade Federal do Acre e Uninorte. Foto: Danna Anute

Alguns sinais são balizadores do desenvolvimento de uma doença reumática, o lúpus: cansaço excessivo, febre frequente, emagrecimento, franqueza muscular e desânimo. Esses são alguns dos sintomas e os pacientes acometidos pela enfermidade podem sofrer crises recorrentes se não estiverem fazendo uso da medicação adequada.

Consulta de rotina realizada pela médica Adriana Marinho. Foto: Danna Anute

Conforme dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, no Brasil há cerca de 65 mil pessoas acometidas por lúpus, a maioria mulheres entre 20 e 40 anos. A doença afeta sobretudo articulações, pele, olhos, rins, cérebro, coração e pulmões. Ainda não há cura, mas existe tratamento, que melhora as condições físicas, impactando positivamente no retorno a atividades básicas do cotidiano.

Paciente Eziete Aguiar. Foto: Danna Anute

“Eu tinha a saúde impecável e fazia atividades domésticas normalmente. Tarefas como pentear o cabelo eram algo simples, mas a minha vida mudou quando descobri o lúpus. Não sabia o que era a doença e na família não tinha histórico, então fui encaminhada para a Fundhacre e consultada pela reumatologista Adriana, que me fez perguntas, solicitou exames, me deu atenção, me examinou, ela se importou com a minha vida”, relatou Eziete Aguiar.

É preciso estar atento aos sintomas das doenças reumáticas, lembrando que não há idade definida para ser acometido pela enfermidade. A maioria das pessoas relacionam as dores nas articulações e ossos a problemas da velhice, mas as doenças reumáticas também ocorrem com crianças e adolescentes, por isso é importante estar  informado e procurar ajuda médica.