Fundhacre é reconhecida como centro de referência da doença trofoblástica gestacional

Entre as enfermidades que afligem o público  feminino, a doença trofoblástica gestacional (DTG), popularmente conhecida como gravidez molar, é uma gestação anormal que traz riscos à mulher. Apesar disso, é tratável e curável. Em outubro, a Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), situada em Rio Branco, recebeu o reconhecimento do Ministério da Saúde (MS) como centro de referência de tratamento da gravidez molar.

Ambulatório de mola já atendeu mais de 435 mulheres, no período de 2019 a 2021. Foto: Danna Anute.

Na unidade hospitalar, o “ambulatório de mola”,  coordenado pela ginecologista e obstetra Elaine Leal, já atendeu mais de 435 mulheres, no período de 2019 a 2021. Esse número é parcial, já que o serviço existe desde 2007, mas só foi protocolado em 2010, mediante o auxílio da presidência da Fundação Hospitalar e da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) daquele período.

A linha de cuidados para a doença trofoblástica gestacional abrange ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação a serem desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar no núcleo hospitalar. A medida visa diminuir a letalidade das mulheres acometidas pela doença, que pode evoluir de formas diferentes, podendo ser leve ou grave, progredindo para um tumor.

Atualmente, o tratamento na Fundhacre foi reconhecido pelo MS, devido à notória importância na promoção da saúde estadual, impactando nos municípios e até em países que fazem fronteira com o Acre. O sistema de saúde regulamentou outros centros de referência, conforme o Manual Técnico da Secretaria de Atenção Primária à Saúde e Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do MS.

Ginecologista da Fundhacre, Elaine Leal. Foto: Danna Anute.

A paciente com suspeita de gravidez molar é atendida na Maternidade Bárbara Heliodora e encaminhada para realizar o tratamento da doença na Fundhacre. “O processo de recuperação se inicia após o esvaziamento do útero, e segue com os exames como o beta-hCG, e medicamentos que compõem o ciclo de tratamento”, destacou Elaine Leal.

“Tive ‘mola’ na primeira gravidez, já estava com três meses quando descobri, e durante esse tempo sentia muitas cólicas. Em um momento precisei ir à maternidade, pois tive um sangramento forte. Após isso fui diagnosticada e me direcionaram à Fundhacre. Comecei o tratamento em abril, e continuo sendo acompanhada pelo ambulatório de mola, para verificar o nível de hormônio como o beta-hCG”, disse a paciente Cásssia Nogueira.

Paciente do ambulatório de gravidez molar da Fundhacre. Foto: Danna Anute.

O exame de beta-hCG quantifica a presença de um hormônio que fica elevado durante a gravidez.

“A avaliação clínica é um fator predominante na recuperação da paciente, e na Fundhacre a equipe da ginecologista Elaine está preparada para atender e cuidar dessas mulheres, que tiveram o sonho da maternidade interrompido. Além disso, o ambulatório de mola esclarece à paciente sobre a doença e a necessidade de manter o acompanhamento, para ter sucesso no tratamento.  Por isso, a unidade hospitalar se tornou um centro de referência”, disse o presidente da unidade hospitalar, João Paulo Silva.

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