Equipe visita o Acre para conhecer experiências bem sucedidas no estado
A Fundação Roberto Marinho, em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro, Fundo Vale e outras instituições, iniciou um projeto de Educação para o Manejo Florestal na Amazônia. Os primeiros beneficiados serão os Estados do Acre, Amazonas e Pará. O projeto vai promover a difusão de informações sobre manejo e qualificar extensionistas na região.
A gerente de Meio Ambiente da Fundação Roberto Marinho, Andréa Margit, está no Acre conhecendo as iniciativas do Estado relacionadas ao tema, ela já visitou a Escola da Floresta em Rio Branco e o Centro de Formação e Tecnologia da Floresta (Ceflora) em Cruzeiro do Sul. Margit está acompanhada pelo gerente de Planejamento do Instito Dom Moacyr (IDM), Edemilson Santos, pelo holandês Johannes Van de Ven, da organização filantrópica Pórticos e por Leônidas Martins, membro do Conselho Estadual de Educação do Pará e gerente da Associação das Casas Familiares Rurais, iniciativa de educação paraense em que o aluno da zona rural não precisa abandonar sua casa ou propriedade para estudar.
Segundo Andréa Margit, o Brasil tem a maior biodiversidade do mundo e não pode prescindir de gestores de suas florestas e de sua biodiversidade. Ela explica que o objetivo de sua visita é conhecer as iniciativas e o trabalho desenvolvido pelo Instituto Dom Moacyr, especialmente o Ceflora.
“Estamos vendo como poderemos assimilar algumas das metodologias utilizadas aqui para incorporar esse projeto de educação para o manejo florestal dentro de escolas do Ensino Básico, principalmente do segundo ciclo do Ensino Fundamental e Ensino Médio.” O projeto deve começar nos próximos seis meses no Acre, Amazonas e Pará, podendo depois ser ampliado para toda a Amazônia brasileira.
Andréa conta que a Fundação Roberto Marinho já vem trabalhando no Estado, principalmente com o Projeto Poronga (de aceleração escolar) e agora entra com esse projeto que vai ser ofertado como complementar.
“Vamos nesta semana nos encontrar com os secretários de Educação, da Floresta, de Meio Ambiente, para que possamos trabalhar juntos. Espero que aceitem o convite e que a gente desenvolva este projeto no Estado. As políticas de preservação ambiental no Acre já estão bastante desenvolvidas e nós vemos a possibilidade de aproveitar o material e a metodologia, incorporar dentro do Ensino Regular o que esperamos venha ao encontro dos interesses do Estado”, disse.
Acre é modelo
Ainda segundo Andréa, muito do que está sendo feito no Acre serve de modelo para outros estados e nos documentários que serão feitos pela Fundação Roberto Marinho serão utilizados muitos dos casos de sucesso que já existem no Estado.
O gerente de Planejamento do IDM, Edemilson Santos, explica que o Instituto é uma autarquia do governo do estado responsável pela implementação da política estadual de educação profissional. O Ceflora é uma das unidades que integram essa rede de educação profissional que têm ainda três unidades em Rio Branco, a Escola da Floresta, a Escola de Saúde e a Escola de Serviços Campos Pereira. Recentemente o IDM inaugurou o CEP João de Deus, em Plácido de Castro e ainda pretende inaugurar unidades em Brasiléia, Feijó e Tarauacá além de outra unidade na capital.
No momento o IDM está ajudando a equipe da Fundação Roberto Marinho a identificar áreas, experimentos e experiências que estão acontecendo no Acre e que têm relevância para o projeto de educação para o manejo florestal. Segundo Edemilson, a atuação do Ceflora em Cruzeiro do Sul, de integração dos saberes científicos e populares, com oferta de cursos nas comunidades, representa uma iniciativa de sucesso nesta região e pode ser fonte de informações e experiências para este projeto.
Além do Ceflora, a equipe visitou a oficina de marchetaria do artista Maqueson Pereira; o Campus Floresta da Ufac, a Unidade de Conservação do Rio Crôa na BR-364 e visita ao curso de Sistemas Agroflorestais e Horticultura no ramal 11 do Projeto Santa Luzia.