Carne de peixe triturado, o conhecido picadinho de peixe, será destinada à a merenda escolar
A carteira de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) e a Fundação Banco do Brasil serão parceiros na implantação de uma indústria artesanal de processamento de pescado com capacidade de processar 300 quilos ao dia. Também serão parceiros no projeto de Fortalecimento do Artesanato. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 27, durante reunião com o secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Lourival Marques, secretário de Pequenos Negócios, José Carlos dos Reis, com o superintendente da instituição financeira, José Ricardo Salerno, e o analista, Geraldo Gonçalves.
Os recursos para implantação da indústria artesanal de processamento de pescado no valor de R$ 100 mil que será desenvolvimento pela Seaprof foram garantidos por Salerno. A indústria processará o peixe, produzindo o picadinho de peixe. O produto será todo destinado à merenda escolar.
José Carlos dos Reis explica que serão investidos R$ 100 mil para implantação do projeto de fortalecimento do artesanato, que será desenvolvido no conjunto Tucumã, em Rio Branco.
Serão beneficiados 300 piscicultores familiares e pescadores artesanais. “A Fundação Banco do Brasil financia projetos que gerassem soluções para problemas sociais, buscando transformações nas comunidades”, disse Salerno. A carteira de Desenvolvimento Regional Sustentável do Banco do Brasil financia em todo o país ações capazes de gerar emprego e renda através de projetos ambientalmente sustentáveis.
Lourival Marques agradeceu a direção do Banco do Brasil, que anunciou que o crédito através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) será potencializado, e já está prevista a análise de crédito para mil operações do Pronaf B para produtores familiares de Feijó, Manuel Urbano e outros municípios mais isolados destinada à criação de pequenos animais.
Alimentação escolar mais saudável
A produção da agricultura familiar no Acre está qualificando o cardápio das mais de 200 mil refeições servidas diariamente aos alunos das escolas da rede pública de ensino. A partir deste ano serão inseridos 32 novos produtos da agricultura familiar adquiridos com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). E com a instalação da indústria artesanal de processamento de pescado, essa alimentação ganha ainda mais qualidade.
Segundo o coordenador do Programa de Desenvolvimento da Piscicultura, o engenheiro de pesca Wallace Santos Batista, o peixe é um produto de alta qualidade, que tem as melhores proteínas animais, fonte de minerais e vitaminas e é rico em acido graxo, como o êmega 3 e ômega 6.
A Lei da Alimentação Escolar nº 11.947/2009 determina que no mínimo 30% do recurso do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) seja investido na compra de produtos da agricultura familiar. Cada agricultor pode vender para o PNAE até R$ 9 mil por ano. “Com isso, os agricultores contam com alternativa de renda, além da expectativa de aumentar as vendas”, disse Lourival Marques.