Com capacidade para produzir 70 toneladas diárias de pescado, o Frigorífico de Processamento de Peixes encontra-se em perfeito funcionamento de suas operações. Situado no Complexo de Piscicultura Peixes da Amazônia S. A., em Rio Branco, o empreendimento aguarda a liberação do SIF, documento necessário para iniciar exportação. O negócio é fruto de uma parceria público-privada-comunitária, que consolida o novo modelo de desenvolvimento econômico sustentável acreano.
Os peixes processados no frigorífico são tambaqui, surubim e pirarucu. A versatilidade das espécies define os diversos tipos de filetagem disponíveis para corte. Cada peixe possui entre seis a 10 tipos de maneiras diferentes de filetagem. Todas as partes do pescado são aproveitas, as vísceras são transformadas em farinha – produto adicionado à ração dos animais.
O frigorífico já emprega 45 funcionários, podendo chegar a 400 empregos diretos em um ano de funcionamento. Selecionado para o emprego de monitorador de câmara fria, Getúlio Silva, 38 anos, comemora a oportunidade: “A gente que mora aqui ao lado e acompanha a obra desde o início fica impressionado com a grandeza disso tudo. Eu estava desemprego há dois anos e agora tenho a chance de iniciar uma nova jornada, com carteira assinada”, enfatiza.
A primeira remessa de peixe processados será comercializada nos supermercados acreanos no fim de março, período em que se inicia a semana santa (feriado religioso) e a procura pelo produto é maior. Com a operação total do frigorífico, o Acre dá um passo importante para se tornar o endereço oficial da criação e industrialização de pescado na Amazônia.
Novos Mercados
Com a concessão do SIF, os peixes poderão ser exportados para o Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Além destes, os países andinos também fazem parte da rota de exportação do pescado acreano.
“A ideia é aproveitar a Estrada Interoceânica e atender mais de 60 milhões de consumidores do mercado sul-americano”, ressalta o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis, Fernando Lima.