Frigorífico de Cruzeiro do Sul é modelo de estrutura no estado

Um sistema de decantação que permite que nenhum resíduo do frigorífico contamine o meio ambiente foi feito no estabelecimento. Duas tubulações fazem a separação de água e dejetos, cada caixa com um tipo de filtragem (Foto: Angela Peres/Secom)
Um sistema de decantação que permite que nenhum resíduo do frigorífico contamine o meio ambiente foi feito no estabelecimento. Duas tubulações fazem a separação de água e dejetos, cada caixa com um tipo de filtragem (Foto: Angela Peres/Secom)

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária, o Brasil tem o maior rebanho comercial de bovinos. No Acre, o Serviço de Inspeção Estadual realizado pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) tem sido intensificado para atestar a qualidade do produto consumido pela população. Prova de que esse trabalho dá certo são os investimentos que estão sendo feitos nos frigoríficos de todo o estado. Em Cruzeiro do Sul, o Frigorífico Três Irmãos é modelo de estrutura físico-sanitária e ambiental.

Recentemente, o local foi visitado pela equipe do Idaf, que ficou encantada com o aparato tecnológico do estabelecimento. O proprietário, Manoel Paiva dos Santos, conta que ao todo já foram investidos mais de R$ 6 milhões. Em uma área de cinco hectares, foram gerados mais de 20 empregos diretos e 20 indiretos.

No frigorífico de Santos e dos três filhos, nada precisará ser lançado em aterro sanitário. O próximo passo agora será a breve inauguração da graxaria, que já está com todo o maquinário instalado e poderá produzir a farinha de carne e osso, com mercado garantido para a alimentação de suínos, aves e peixes.

Cada couro pode ser vendido por até R$ 80, em Rio Branco (Foto: Angela Peres/Secom)
Cada couro pode ser vendido por até R$ 80, em Rio Branco (Foto: Angela Peres/Secom)

“Nossa intenção é colher o sebo e aproveitar também todos os dejetos para produzir a farinha. Nossa máquina tem capacidade de processar até mil quilos por hora, e quando estiver funcionando, nada mais terá que ir para o aterro sanitário”, explica o proprietário.

O couro dos animais também é bem aproveitado. Num local em que cerca de 120 bovinos são abatidos semanalmente, todo o couro é salgado e armazenado para ser comercializado em Rio Branco. Da capital, o couro, que pode ser vendido por até R$ 80, é vendido para outros estados.

Quem pensa que tudo acaba por aí se engana. Santos fez um sistema de decantação que permite que nenhum resíduo do frigorífico contamine o meio ambiente. Duas tubulações fazem a separação de água e dejetos, cada caixa com um tipo de filtragem.

“Meu frigorífico hoje só é padrão porque eu me permiti receber a ajuda dos profissionais do Idaf, que me deram as orientações de que eu precisava”, acrescenta Santos.

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