Campanha da Fraternidade 2009 é lançada no Acre pela Diocese e traz o lema "A paz é fruto da justiça"
A Diocese de Rio Branco lançou na manhã desta sexta-feira, 27, a Campanha da Fraternidade 2009. O tema deste ano é Fraternidade e Segurança Pública, e o lema a ser trabalhado é “A paz é fruto da justiça”. A campanha foi lançada em 1964 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e tem início na quaresma.
A campanha visa despertar o espírito comunitário e cristão no povo e renovar a consciência da evangelização nos fiéis. Segundo o bispo dom Joaquim Pertinez a idéia é mobilizar os cristãos em torno da reflexão, discussão e busca de soluções para a problemática da realidade brasileira em questões como a fome, os idosos e o uso racional da água, por exemplo, que já foram temas de campanhas anteriores.
Neste ano, o objetivo geral da campanha é suscitar o debate sobre a segurança pública e contribuir para a promoção da cultura da paz nas pessoas, na família, na comunidade e na sociedade, a fim de que todos se empenhem efetivamente na construção da justiça social que seja garantia de segurança para todos.
“Precisamos fazer um esforço constante na construção de uma sociedade segura. Queremos que todos, católicos e não católicos, se unam para que tenhamos uma vida melhor e mais segura. Não pode haver segurança onde não há paz e só há paz se houve justiça social. Então, para pensar em paz precisamos ter uma sociedade mais justa”, disse o bispo.
O vice-prefeito de Rio Branco, Eduardo Farias ressaltou o papel das campanhas da Igreja Católica no sentido de refletir o grande grito da sociedade. “O acúmulo de riqueza nas mãos de uma pequena parte da sociedade gera a exclusão social de milhares de pessoas e, consequentemente, a violência. É preciso que o homem cultive a paz interior para que possamos criar e viver uma cultura de paz”.
A segurança pública não é dever apenas do Estado. Cabe também às escolas, igrejas, comunidades, cidadãos. Cada um deve fazer a sua parte na construção de uma cultura de paz na sociedade.
“Faz parte da cultura brasileira achar que segurança pública se faz com armas, equipamentos de proteção para os policiais e polícia nas ruas. Não é só isso. O Estado já tem consciência de que as políticas públicas devem ser para todos e focadas em diversas áreas, não só na segurança”, disse o secretário interino de Segurança Pública, Ermício Sena.