Em um encontro com profissionais da agência Notícias do Acre, Ministério Público, Tribunal de Justiça, Universidade Federal do Acre e Sindicato dos Jornalistas, o fotógrafo Ricardo Stuckert compartilhou um pouco a sua trajetória de trabalho. A reunião foi realizada na tarde de quinta-feira, 13, na Filmoteca da Biblioteca Pública.
Vindo de uma geração de fotógrafos – o pai, Roberto, foi fotógrafo do último presidente militar, o general João Figueiredo –, Stuckert começou a atuar na área aos 18 anos, no jornal O Globo.
Porém, seus trabalhos de destaque foram com a cobertura dos Jogos Olímpicos de Sydney (Austrália), em 2000, e da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, para a qual foi convidado pela Confederação Brasileira de Futebol. Além disso, ele se tornou fotógrafo oficial do ex-presidente Lula.
“Acompanhei a trajetória dele durante as duas gestões. Nesse tempo, incentivei-o a dar espaço à imprensa, além de ter a liberdade de capturar imagens desde reuniões restritas a momentos de descontração durante uma ‘pelada’ de futebol”, destacou.
No Acre há uma semana, Stuckert foi até a aldeia Água Viva, da terra indígena Praia do Carapanã, onde fotografou o cotidiano da etnia Huni Kuin.
O trabalho faz parte de um projeto no qual ele lançará livros sobre os povos indígenas do Brasil. As obras, que contam com a ajuda de antropólogos de cada estado em que ele passa, devem ser lançadas em 2017.
“A ideia de fazer esse trabalho surgiu quando a Cristina, minha esposa, viu a foto de uma índia que eu fizera havia 17 anos e me pediu para eu procurá-la e fotografar como ela está hoje. Depois de oito meses de busca, nós a achamos, e eu fui até ela. Durante essa visita, vi que a floresta é muito maior do que eu imaginei,e pensei que isso daria um bom trabalho”, diz.
Para a secretária de Estado de Comunicação, Andréa Zílio, a oportunidade proporcionou uma troca de experiências entre o fotógrafo e os profissionais da imprensa acreana.
“O Stuckert tem uma grande trajetória profissional, tanto em coberturas esportivas como em assessoria de imprensa, inclusive na cobertura presidencial. Esses momentos de interação e troca são importantes para que possamos conhecer um pouco de outros ambientes profissionais, e também dialogar sobre desafios que são comuns em qualquer lugar para quem atua nessa área”, ressalta.