Com a chegada do período de estiagem, os órgãos ambientais do Acre intensificam os trabalhos de controle e prevenção das queimadas. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) desenvolve todos os anos o Plano Integrado de Prevenção às Queimadas e Controle aos incêndios – o de 2013 já está na fase final de elaboração e será lançado na primeira semana do mês de julho em todas as regionais do Estado.
No plano estão previstos ações estratégicas, táticas e operacionais, educação, fiscalização e monitoramento, controle e alerta, combate e práticas produtivas sustentáveis.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 1º de janeiro até hoje, foram detectados no Estado 92 focos de calor, a maior parte localizada na região oeste do Estado, que abrange o Juruá, Tarauacá e Envira.
Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Edegard de Deus, o plano foi construído com a participação de 37 instituições que integram a Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais (CEGDRA), que atuam de três formas: combate, fiscalização e fomento.
Agora, com a aproximação dos meses mais críticos em relação às condições climáticas (julho, agosto e setembro), começa a fase de monitoramento intensivo, que já vem sendo realizado por equipes da Sema na Unidade de Situação de Eventos Hidrometeorológicos.
Edegard de Deus alerta a população dizendo que as queimadas na zona urbana estão terminantemente proibidas. Quem não cumprir a determinação poderá ser multado pelos órgãos competentes.
Ele acrescentou ainda que as queimadas não devem ser uma preocupação somente da Secretaria do Meio Ambiente, mas de todo o conjunto da sociedade. “Temos que buscar integrar as ações, com o objetivo de ampliar a conscientização e sensibilização da sociedade com relação aos problemas causados pelas queimadas à saúde da população e ao meio ambiente.”
Além do trabalho de prevenção e controle das queimadas, o governo do Estado vem investindo em medidas alternativas para ajudar o produtor rural a fazer seus roçados sem queimar. Para isso, investiu na compra de equipamentos agrícolas distribuídos por todo o Estado. Também investe em piscicultura, pequenos animais e calcário, mas, segundo o secretário, no Estado ainda existem produtores rurais que não tiveram acesso às ações de sustentabilidades e, portanto, têm direito à queima de um hectare de terra para produção.
As ações para evitar o uso do fogo, como o trabalho de destoca de árvores, gradação e calagem (aplicação de calcário), são realizadas pela Secretaria de Estado e Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof).
Baixa umidade do ar
De acordo com a assessora técnica da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Vera Reis, a mudança repentina na temperatura em Rio Branco se dá por causa da grande amplitude térmica, que causa uma distância considerável entre as temperaturas máxima e mínima, gerando uma perda radiativa e causando a dissipação do calor por conta da circulação de ventos em altos níveis. Isso, consequentemente, faz com que haja uma baixa na umidade relativa do ar, tornando os dias mais secos.