Fluxo de atendimento ao idoso é discutido no Acre

Integrar os sistemas de saúde é o grande desafio do Acre. Questões são discutidas durante oficina

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O Secretário Estadual de Saúde participou da abertura da oficina, destacando avanços como o uso da cardeneta da saúde (Foto: Angela Peres/Secom)

No dia Mundial da Saúde a discussão no Acre está voltada para a saúde do idoso, que já representa 6% da população acreana. Profissionais da área estão reunidos na oficina que discute o fluxo de atendimento ao idoso na estadual do Sistema Único de Saúde (SUS). Durante o encontro, que acontece nesta terça e quarta, 6 e 7, serão levantados os avanços e desafios do setor. O Acre é o primeiro estado a debater o tema.

O secretário de Saúde, Osvaldo Leal, destacou que o grande desafio é a integração dos sistemas de saúde, interligando a rede municipal, responsável pelo atendimento básico, e a rede estadual, a quem cabe as unidades hospitalares. “Esse é um esforço de Governo e o governador Binho Marques tem garantido os recursos para que isso aconteça. É preciso ter um sistema de atendimento integrado, em que o idoso chegue nas unidades de saúde, nos módulos de saúde da família e seja encaminhado para os especialistas e exames que precisam, percorrendo todo o sistema”, disse o secretário.

Um dos principais avanços em relação a saúde do idoso é a implantação da caderneta, utilizada desde o primeiro semestre de 2007. O documento contém todas as informações relacionadas ao idoso, incluindo as vacinações. O Acre foi o estado que mais avançou nesta política.

O curso, promovido pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre  (Sesacre), por meio da Divisão Estadual de Saúde do Idoso, é dirigido aos profissionais de saúde do Estado e dos municípios envolvidos na implantação da política de saúde da pessoa idosa. O objetivo é levantar propostas para acolhimento dos idosos no SUS, garantindo os seus direitos e estabelecendo um fluxo de atendimento na rede atual.

“Por fluxo nós entendemos a organização do sistema que se baseia na necessidade da pessoa e em como ela, desde o primeiro atendimento nos módulos de saúde da família ou postos, percorre o sistema de saúde até retornar para a comunidade”, explicou Osvaldo.

Para a gerente da Divisão Estadual de Saúde do Idoso, Rossy Ramos o grande desafio é reconhecer as diversas situações de risco da pessoa idosa, para direcioná-las ao atendimento adequado que garanta recuperação e acompanhamento.

No Hospital do Idoso são atendidos em média 300 idosos por mês. “Eles podem chegar e agendar a consulta. Passam primeiro pela geriatria e depois são encaminhados aos especialistas. A nossa dificuldade é que ao serem encaminhados para atendimento especializado os idosos concorrem com todos os pacientes. Estamos negociando uma cota desses atendimentos para os idosos, principalmente de ginecologistas, pneumologistas e oftalmologistas”, disse Ingrid Correia Lima, gerente administrativa do Hospital do Idoso.

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