Fisioterapia hospitalar exerce papel fundamental na recuperação de pacientes transplantados

O Acre alcançou nesta semana a marca de 88 pacientes hepáticos transplantados. As duas últimas cirurgias ocorreram com sucesso, sendo os pacientes um homem de 67 anos, que recebeu alta médica nesta quinta-feira, 20, e uma mulher de 45 anos, que segue em observação na enfermaria da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre). Entretanto, além das cirurgias, o processo de recuperação passa por muitas fases, e o acompanhamento pós-operatório é fundamental, período que entra um dos serviços mais importantes para garantir a restauração dos pacientes: a fisioterapia hospitalar.

Paciente Raimunda Nonata de Jesus recebeu um novo fígado no último sábado, 15. Já teve alta da UTI e segue sendo acompanhada na enfermaria da Fundhacre. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

Após as cirurgias de sucesso, a fisioterapia no âmbito hospitalar agrega na recuperação e na qualidade de vida dos pacientes internados, desenvolvendo atividades de prevenção, tratamento e reabilitação de disfunções físicas que podem surgir durante a internação. Dentre os principais objetivos, encontra-se a busca pela evolução na movimentação dos membros, restauração da força para que o paciente retorne às suas atividades normais.

O coordenador do serviço de fisioterapia da UTI, Rodrigo Araújo, explica que a fisioterapia alcança vários campos da saúde do paciente, sendo ele respiratório, motor ou muscular, contribuindo para uma recuperação eficiente e humanizada.

“Quando o paciente chega aqui na UTI, nós elaboramos um plano de tratamento fisioterapêutico individual que atenda à necessidade de cada paciente. Esse plano é traçado após constantes avaliações que o tornam viável à medida que há uma integração dos fisioterapeutas e da equipe multiprofissional, colaborando diretamente com médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde que garanta uma abordagem personalizada para cada paciente, otimizando os resultados clínicos e reduzindo o tempo de internação”, explica Rodrigo.

Exercícios são personalizados diante da necessidade de cada paciente e são fundamentais para que estes retornem às suas rotinas após conquistarem alta hospitalar. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

“Desse modo, as atividades fisioterapêuticas são essenciais para o aprimoramento dos serviços de saúde no estado. E aqui na Fundhacre é um trabalho fundamental para a recuperação dos pacientes transplantados, que nos dá muito orgulho”, ressalta o fisioterapeuta.

Com cirurgias ocorrendo regularmente, a Fundhacre já alcançou a marca de 515 transplantes realizados. Além dos 88 transplantes de fígado, já são 96 transplantes renais e outros 331 de córnea, consolidando o estado como referência na Região Norte, atendendo não apenas acreanos, mas pacientes de todo o Brasil e exterior, referenciados via Sistema Único de Saúde.

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