O governo do Acre, por meio da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), e o governo federal, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), estão realizando mais uma vez a Operação Fronteira.
A ação ocorre como parte do Plano Estratégico de Fronteiras, instituído pela Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron), um programa da Presidência da República que visa ações de fortalecimento da prevenção, controle, fiscalização e repressão dos delitos transfronteiriços e dos delitos praticados na faixa de fronteira brasileira.
O trabalho está sendo realizado de forma integrada entre o efetivo da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros do Acre, com apoio da Força Nacional, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Exército Brasileiro. A operação se concentra na região do Alto Acre, que abrange os municípios de Epiciolândia, Brasileia, Assis Brasil e Xapuri, que estão na faixa de fronteira com o Peru e a Bolívia, países que registram os maiores índices de produtores de cocaína da América do Sul.
Além das abordagens nas pontes que ligam Epitaciolândia e Brasileia à Bolívia, as equipes estão concentradas também no Posto de Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, na confluência de Xapuri, e na Estrada do Pacífico, saída que liga o Brasil ao Peru. Equipes do Corpo de Bombeiros e do Exército Brasileiro realizam patrulhamento ostensivo nos rios de fronteira.
Para o comandante da Polícia Militar da região do Alto Acre, capitão Estene Barbosa Teixeira, essa operação é importante, pois traz mais segurança para a sociedade no que diz respeito aos crimes de fronteira. “É importante, porque nessas operações combatemos mais duramente os crimes de narcotráfico, contrababando, descaminho, roubo de carros e outros ilícitos penais que são comuns nas regiões de fronteira. Essa união entre as forças policiais do Estado com as nacionais traz sensação de segurança para a sociedade que mora nesses municípios”, disse o capitão da PM.
Vários veículos, incluindo motocicletas, foram abordados na operação do último dia 31 de outubro. Até por volta das 14 horas, não havia sido feita nenhuma apreensão de drogas e não houve nenhuma irregularidade.
O secretário de Estado de Segurança Pública, Reni Graebner, esteve nos locais onde estão montadas as barreiras policias e acompanhou os trabalhos de abordagens. Graebner ressaltou o compromisso do governo do Estado em combater de forma ostensiva os crimes de fronteiras. “Essa união das forças policiais está aqui para combater de forma ostensiva e preventiva para enfrentar os ilícitos penais típicos das regiões de fronteira e promover um bloqueio e a desarticulação das atividades de financiamento, planejamento, distribuição e logística do crime organizado e dos crimes transnacionais, cujos efeitos atingem o nosso Estado e a sociedade brasileira como um todo”, afirmou.
A Operação Fronteira ocorre de forma continuada e alternada, e entre outros objetivos visa fazer apreensões de drogas, armas, munições e contrabando, combater o tráfico de pessoas, a exploração sexual infantil e reduzir os homicídios na área de fronteira.