Filme gravado no Acre será exibido em Festival de Cinema Internacional da Argentina

Equipe da Usina de Arte que participou da produção do filme (Foto: cedida)

Gravado no Acre, o filme “Cícero Impune”, do cineasta argentino José Celestino Campusano, foi um dos selecionados para ser exibido no renomado Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires (Bafici), na Argentina. O evento será realizado entre os dias 19 e 30 de abril, em diversos espaços da capital argentina.

A obra cinematográfica conta a história de um feiticeiro que abusa de mulheres, porém, certo dia, o namorado de uma das moças decide se vingar. Tratando questões relevantes como abuso contra mulheres e o silenciamento delas, o filme traz em seu enredo questionamentos importantes sobre o assunto.

A ideia de gravar o longa surgiu durante a edição 2016 do Festival Pachamama, em uma conversa com o organizador Sérgio de Carvalho e funcionários da Fundação Elias Mansour (FEM).

“Pensamos em aproveitar aquele momento em que o cinema era o centro do nosso debate e firmamos essa co-produção Brasil e Argentina. O Campusano logo topou, afinal, já era um iniciativa que ele promovia em outros países da América Latina”, relata Sérgio.

O Festival Bafici será realizado entre os dias 19 e 30 de abril, em Buenos Aires (Foto: Divulgação Bacifi)

Ao todo, 27 pessoas trabalharam no projeto, entre atores e produção. Já na equipe técnica, eram cerca de 20 pessoas, sendo composta, em sua maioria, por acreanos. “Ele achou que seria interessante chamar a equipe da Usina de Arte João Donato, que já trabalha com o audiovisual. O pessoal topou o desafio e assim saiu o longa”, conta o cineasta acreano, Rodrigo Oliveira.

Foi um mês de pré-produção, oito dias de gravação e dois meses de pós-produção. Algumas das locações foram a Universidade Federal do Acre (Ufac), ruas de Rio Branco e casas cedidas por pessoas.

A diretora-presidente da FEM, Karla Martins, ressalta a importância de projetos assim para o cenário audiovisual do estado: “Temos aqui um dos mais promissores festivais de cinema da América Latina, o Pachamama, e os jovens que gostam deste meio conseguem se visualizar atuando neste espaço. O governo do Estado acredita e apoia os movimentos do cinema que promovem essas iniciativas por aqui”.

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