Fila de espera por diagnóstico de prótese de joelho será zerada até maio

A cada três meses a equipe do Into vem ao Acre realizar as cirurgias de joelho, quadril e coluna (Angela Peres/Secom)

A cada três meses a equipe do Into vem ao Acre realizar as cirurgias de joelho, quadril e coluna (Angela Peres/Secom)

Desde 2003, o governo do Acre tem uma parceria com Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), do Ministério da Saúde, para realizar mutirões de cirurgias no Estado, nas especialidades de joelho, quadril e coluna, visando beneficiar pacientes que aguardam encaminhamento para Tratamento Fora de Domicilio (TFD). 

A cada três meses a equipe do Into vem ao Acre realizar as cirurgias de joelho, quadril e coluna, e os pacientes com indicação para essas cirurgias são primeiramente avaliados pelo grupo de especialistas para confirmação do diagnóstico. Para o sucesso das intervenções cirúrgicas, o Into conta com apoio dos profissionais da área de ortopedia do Acre.

De acordo com a gerente do TFD no Acre, Ediná Monteiro, o número de pessoas que aguardavam na fila por uma cirurgia na área de ortopedia já está quase zerada, e o objetivo é de que até maio deste ano não exista mais nenhuma pessoa esperando por esse procedimento.

“Essa ação é mais um compromisso do governador Tião Viana com a população do Acre. Estamos trabalhando muito, e nossa meta é até maio deste ano zerar o número de pacientes com encaminhamento para outras cidades do Brasil para realizar cirurgias de implantação de prótese de quadril, de joelho ou coluna”, informa.

Para Ediná, essas intervenções feitas no Estado não representam somente uma economia para os cofres públicos, mas também melhor qualidade de vida, tanto para o paciente quanto para o acompanhante, pois eles têm a oportunidade de realizar o tratamento perto de seus familiares. De janeiro a outubro de 2011, 144 pessoas deixaram de viajar para outros Estados para tratamento cirúrgico na área de ortopedia e traumatologia.

“É importante destacar que o maior benefício é a satisfação do paciente. Qualquer procedimento cirúrgico, por mais simples que seja, abala o psicológico da pessoa, e estar perto da família tranquiliza, pois é uma forma de sentir-se amparado. Para se ter uma ideia, a cirurgia de joelho dura em média uma hora. Depois, o paciente deve ficar internado por três dias e realizar sessões de fisioterapia, por isso é importante o apoio familiar”, enfatiza a gerente.

No início de fevereiro houve mais um mutirão de cirurgias de prótese de joelho, na qual foram atendidos 28 pacientes, e até abril serão realizadas as intervenções de ligamento cruzado. Ediná lembra que em dezembro havia 250 pacientes na fila de espera para Tratamento Fora de Domicílio na área de ortopedia e traumatologia. Hoje, apenas 30 pacientes aguardam o procedimento. Monteiro garante que esses pacientes serão submetidos a cirurgia na próxima vinda da equipe do Into, em abril.

Segundo o coordenador do Projeto Suporte do Into, José Luís Ramalho, o complexo hospitalar mantém 30 convênios com todos os Estados brasileiros e em nenhum deles o tempo médio de espera é inferior a um ano. “Em lugar nenhum do Brasil acontece o que vemos no Acre. Uma pessoa se inscreve no TFD em agosto e em dezembro já está fazendo a cirurgia. O Into tem hoje uma fila de espera de 22 mil pacientes. O hospital tem fila de até quatro anos para pacientes residentes no Rio de Janeiro, onde se localiza o instituto.”

Devolvendo a autoestima

 

Roseli tem 50 anos e diz que há 20 anos sofria com fortes dores no joelho ocasionadas pelas conseqüências de artrite reumatóide (Assessoria Sesacre)

Roseli tem 50 anos e diz que há 20 anos sofria com fortes dores no joelho ocasionadas pelas conseqüências de artrite reumatóide (Assessoria Sesacre)

 

“Agradeço a Deus, em primeiro lugar, pelo milagre que aconteceu em minha vida. Depois agradeço ao nosso governador Tião Viana, ao médico Rodrigo Minuano e à equipe do Into por todo o esforço em devolver os movimentos da minha perna”, diz a aposentada Roseli Correia Matos.

Roseli tem 50 anos e diz que há 20 anos sofria com fortes dores no joelho ocasionadas pelas consequências de artrite reumatoide. Nos últimos oito anos não fazia mais nada sozinha, quase não se movimentava sem ajuda de outra pessoa e vivia inchada devido aos medicamentos à base de corticoide que tomava diariamente para amenizar as dores.

“Sofria muito com isso. Não andava sozinha. Quando ia ao hospital precisava de uma cadeira de rodas para conseguir chegar ao consultório do médico. Passei oito anos assim, depois piorou, perdi totalmente os movimentos de uma das pernas. Não andava mais nem com apoio de outras pessoas. Passei um ano nessa situação, até que um dia fui atendida pelo médico Rodrigo Minuano, que me mostrou uma luz no fim do túnel. Nem acreditei que poderia voltar a andar, fazer minhas coisas e ter uma vida normal”, emociona-se a aposentada.

Para Roseli, a equipe do Into é comprometida com a saúde e bem-estar do paciente, uma vez que após o implante da prótese o paciente recebe toda a assistência necessária para ter uma boa recuperação. Além disso, são acompanhados e avaliados pelos profissionais que atendem no Hospital das Clínicas. “Depois da cirurgia fiquei sendo acompanhada pelo ortopedista Rodrigo e a cada três meses faço vários  exames para avaliar a minha recuperação. Para você ter uma ideia, eu não ia ao centro da cidade há muitos anos e me surpreendi quando vi toda essa mudança ano passado.”

De acordo com Correia, andar novamente sozinha era uma utopia, pois muitos diziam que somente nos Estados Unidos poderia resolver seu problema de saúde.

“Ficava muito triste quando ouvia isso, pois não tinha dinheiro para pagar nem a cirurgia, quanto mais uma viagem para fora do país. Quando o médico Rodrigo falou da prótese de joelho, confesso que fiquei com medo, não queria fazer, pois achava que eles iriam piorar minha situação. Na verdade, não confiava no trabalho deles de tanto ouvir as pessoas dizerem que não tinha jeito. Hoje posso dizer que sou feliz. Fiz a primeira cirurgia em março de 2011 e agora, em fevereiro deste ano, já fiz a prótese do outro joelho. Não demorou nada, tudo foi muito rápido. O processo no TFD não chegou a três meses”, comemora Roseli.

“Gostaria de deixar uma mensagem a todos os que não acreditam nesse trabalho. Eu sou testemunha da competência e comprometimento desses profissionais, desde a equipe que vem de fora até os profissionais do nosso Estado. Hoje eu ando sozinha, faço minhas atividades diárias como qualquer um, não sinto mais dores e, o melhor de tudo, me livrei da depressão”, finaliza.

A servidora pública Alda Venâncio da Silva Gomes, 56 anos, uma das muitas pacientes beneficiadas pelas ações desenvolvidas pela equipe do Into (Assessoria Sesacre)

A servidora pública Alda Venâncio da Silva Gomes, 56 anos, uma das muitas pacientes beneficiadas pelas ações desenvolvidas pela equipe do Into (Assessoria Sesacre)

A servidora pública Alda Venâncio da Silva Gomes, 56, uma das muitas pacientes beneficiadas pelas ações desenvolvidas pela equipe do Into, foi submetida a duas cirurgias de quadril e um transplante ósseo – este com a equipe no Rio de Janeiro – que lhe resgataram a alegria de voltar a andar.

Alda relata que sofria há anos com dores no quadril, causadas pelo desgaste dos ossos que a impossibilitava de realizar tarefas simples de sua rotina. Embora fosse beneficiária de plano de saúde, recorreu ao mutirão de cirurgia do Into, por meio da Sesacre, para realizar a cirurgia, pois tinha informações da competência indiscutível de seus profissionais, fato comprovado pelo excelente resultado da cirurgia que acabou completamente com as dores que sentia.

“Após três longos anos em cadeira de rodas, sinto-me uma pessoa renovada por Deus e agradecida à equipe do Into, que, com competência peculiar, obteve resultados favoráveis e oportunizou a retornada de minhas atividades normais do dia-a-dia. Agora posso visitar meus amigos e olhar a vida com uma perspectiva que já não tinha. Parabenizo a iniciativa do governo do Estado, que por meio dessa parceira tem promovido grande satisfação às pessoas que necessitam dessa intervenção cirúrgica”, agradece.

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