Fenômeno natural causou abalo na estrutura da ponte sobre o Caeté, explica diretor do Deracre

Auditoria externa realiza laudo técnico. Marcos Alexandre garante que ponte foi construída com o rigor da engenharia e que o Governo adota todos os procedimentos necessários para evitar maiores prejuízos à população

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O diretor do Departamento de Estradas de Rodagens (Deracre), Marcos Alexandre, reuniu a imprensa na manhã desta sexta-feira, 23, para falar sobre as providências que estão sendo tomadas em relação à ponte do rio Caeté. Já no sábado, quando ocorreu a primeira movimentação do solo, a equipe do Deracre se deslocou ao local, interditando a ponte por medida de segurança, acionando a empresa Construtora Cidade, responsável pela execução do projeto, para que fosse realizado o trabalho de estabilização da estrutura.

A partir da conclusão do laudo técnico, que está sendo elaborado por geógrafos e engenheiros da empresa que elaborou o projeto, serão diagnosticadas as soluções para o reforço da estrutura da ponte. A análise está sendo feita por uma auditoria externa, mas já se sabe que a movimentação dos pilares da ponte foi resultado de um movimento de terra profundo.

"Esse foi um fenômeno raro da natureza que ocorreu nas encostas do rio e totalmente imprevisível. A ponte, inaugurada em 2008, já suportou dois verões, com mais de 220 mil toneladas sendo transportadas por ela, e nunca sofreu nenhum tipo de abalo ou prejuízo na estrutura. Justamente quando a estrada ainda está fechada e sem movimento, ela registrou esse acidente, o que comprova que a causa foi natural, da movimentação do solo. O laudo irá apontar o que deve ser feito. O que nós temos é a movimentação em dois pilares, provocada pelo movimento que ocorreu no barranco do rio. O tabuleiro e a estrutura de vigas ainda continuam de maneira equilibrada e estabilizada. A intenção é aproveitar a estrutura que está colocada e fazer o reforço necessário", explicou Marcos Alexandre.

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Diretor do Deracre explicou procedimentos que estão sendo adotados pelo Governo para redução de riscos e prejuízos à população (Foto: Dharcules Pinheiro/Jornal A Tribuna)

Outro procedimento adotado pelo Governo do Estado foi a construção de uma ponte provisória de madeira. O acesso foi concluído na quarta-feira, já com a liberação do tráfego para veículos de passeio, e agora está sendo reforçado para garantir a passagem de veículos pesados. O Governo também oferece abrigo no local com tendas e assentos para atender aos produtores e ribeirinhos que antes utilizavam a ponte como referência.

O diretor explicou que para que o projeto de construção da ponte fosse aprovado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foi necessária a elaboração de relatórios para identificar itens como o tipo de solo e de estrutura. O estudo apontou para a construção de uma ponte com estrutura mista, com vigas metálicas, tabuleiro e pilares em concreto armado, e com fundações profundas, com mais de 20 metros de profundidade, de estacas escavadas, o que foi feito com todo o rigor pelo Governo do Estado e empresa contratada. "A estrutura metálica ajudou para que a ponte não sofresse um prejuízo ainda maior", avaliou.

Marcos Alexandre falou ainda da importância da ponte sobre o rio Caeté no processo de reabertura da BR-364. Até 2008, era um dos primeiros obstáculos para a reabertura, que era marcada pela vazante do rio. Com a inauguração, a ponte facilitou o trabalho de passagem do maquinário utilizado na reabertura.

Outro item destacado durante a coletiva foi a experiência da empresa que venceu a licitação para execução da obra, a Construtora Cidade, que tem 35 anos de experiência e é responsável pela construção em todo o Brasil de pontes, viadutos, edificações, instalações hospitalares e torres de transmissão, entre outros. "Neste momento existe um desnível em relação ao eixo principal. A ponte está sendo sustentada na estrutura feita no domingo", explicou o diretor do Deracre.

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