A Colônia Cultural do Amapá, espaço que nos anos 80 e 90 foi palco de efervescência cultural, esteve em risco de leilão nos últimos tempos por conta de dívidas da antiga Fundação de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Cultura e do Desporto (FDRHCD). Compreendendo seu forte valor cultural, o governo do Estado, por meio da Fundação Elias Mansour (FEM), negociou o parcelamento da dívida em questão, afastando qualquer possibilidade ou hipótese de perder o bem histórico.
O processo de salvaguarda contou também com a contribuição de um grupo de artistas. Para Karla Martins, presidente da FEM, essa ação entre poder o público e a sociedade civil aponta o caminho para a criação de um conselho com a participação de artistas e fazedores de cultura para que seja estabelecido como se dará a ocupação da Colônia do Amapá.
A área do Amapá corresponde a cerca de 60 hectares e abrigou como um dos seus fortes canais de difusão das várias linguagens e tendências pops e de vanguarda o Festival de Som e Sol da Praia do Amapá.
“Isso representa um ganho positivo para a cultura acreana. Agora é seguir em frente e criarmos uma ação para que o espaço seja ocupado de forma compartilhada”, disse a presidente.