Feira Panamazônia extrapolou as fronteiras do Acre, afirma Angelim

Evento reúne cerca de 300 expositores do Brasil e de mais oito países latino-americanos e do Caribe

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Prefeito Raimundo Angelim participou da abertura da feira de Economia Solidária (Fotos: Adonay Melo/PMRB)

O prefeito de Rio Branco Raimundo Angelim inaugurou na noite desta quarta-feira, 20, a segunda edição da Feira Panamazônia, que é realizada no Horto Florestal e segue até domingo. O evento reúne cerca de 300 expositores do Brasil e de mais oito países latino-americanos e do Caribe.

Os países presentes na Panamazônia 2010 são México, Colômbia, Guatemala, Bolívia, Venezuela, Uruguai, Peru, Chile e Brasil. Angelim afirmou que a feira, que tinha um caráter mais regional, extrapolou as fronteiras do Acre para se tornar um evento de caráter internacional. "Estão aqui presentes oito países com os seus representantes e com um pouco de sua produção solidária para apresentar ao mundo e mostrar que a América Latina tem uma proposta diferenciada de desenvolvimento. Proposta essa que privilegia o pequeno e que promove o crescimento econômico de regiões e populações que, geralmente, são preteridas pelos grandes", disse o prefeito.

O prefeito lembrou ainda que estão presentes na feira, os representantes de todos os Estados do Norte e de outros das demais regiões do país. "Nós vamos mostrar aqui que é possível se unir povos em torno de um objetivo que é importantíssimo para a economia e para as relações comerciais que é valorizar o associativismo, o cooperativismo e a criatividade e valorizar o pequeno empreendedor", afirmou Angelim.

Angelim lembrou que a Panamazônia está promovendo o Seminário Latino Americano de Economia Solidária, que acontece por toda esta quinta-feira no auditório da Fieac. De acordo com ele, eventos como esse são fundamentais para promoção de políticas públicas que venham fortalecer a economia solidária.

Artesanato promove viagem cultural pelos países latinos

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Artesanato peruano também está presente na feira para visitantes (Foto: Adonay Melo/PMRB)

É possível conhecer muito da cultura de um povo a partir do artesanato que produz. Uma feira como a Panamazonia, que reúne representantes do Brasil e de mais oito países da América Latina e Caribe, promove uma viagem pelo universo do artesanato desses lugares. México, Colômbia, Guatemala, Bolívia, Venezuela, Uruguai, Peru, Chile e Brasil estão expondo suas experiências e produção de economia solidária e, também, artesanatos durante a feira.

"Estou muito feliz com o povo acreano por nos receber tão bem", disse Carlos Antônio, artesão peruano. O interessante da feira é o encontro desses países que são distantes, mas acabam se tornando bem próximos. "Sempre que vamos a feiras de outros países, coisas diferentes nos chamam atenção", comenta Rosana Facal, artesã uruguaia, que, em seu estande expões trabalhos feitos com cerâmica e barro. "Gosto muito das sementes acreanas, vou levar comigo colares e brincos", afirma. Conhecer todos esses países e ainda contribuir para a economia do Estado é um dos objetivos da feira.

O evento é importante para que haja esse intercâmbio cultural e a troca de costumes. "Estamos bem confiantes com a feira, pelo que se vê vai ser bastante compensador depois de tanto investimento", disse Maria Braz, artesã acreana.

Outro fato importante presente no evento é a valorização do pequeno produtor e de cooperadores que atuam ativamente no mercado. "Fiquei muito feliz da oportunidade de expor o meu trabalho, lucrando e ajudando o Estado", completa Maria.

A mistura de línguas, conhecimentos e cultura é um prato cheio pra quem realmente está disposto a conhecer e contribuir com a diversidade cultural. A Feira Panamazônia acontece no Horto Florestal, de 20 a 24 de outubro. Nela estão presentes cerca de 300 expositores. A maioria é composta por empreendedores solidários do Acre e dos Estados do Norte do Brasil. Mas há também representantes dos demais Estados brasileiros e dos demais países citados.

A Panamazônia tem por objetivo a promoção da economia solidária e a valorização do cooperativismo e associativismo no Brasil, na América Latina e no Caribe.

Mulheres de Molière na Panamazônia

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Peça "As Mulheres de Molière" foi apresentada na programação cultural da feira (Foto: Adonay Melo/PMRB)

Panamazônia não é apenas feira de economia solidária, mas também de artes e cultura. O primeiro espetáculo apresentado foi o "Mulheres de Molière”, da Companhia de Teatro Vice-Versa. Dirigido por Lenini Alencar, o espetáculo é uma adaptação de três famosas peças do dramaturgo francês Molière, "As Preciosas Ridículas”, "Dom Juan” e "Escola de Mulheres”.

A adaptação do texto preservou o estilo de comédia satírica que foi muito censurado no século XVII. O grupo já se apresentou em várias cidades do interior do Acre e tem programado mais três apresentações a serem realizadas nos bairros de Rio Branco, entre eles São Francisco, Calafate e Sobral. O objetivo é que o maior número de pessoas possível prestigie.

Mulheres de Moliere é financiado pelo Prêmio Funarte/Petrobrás Myrian Muniz de Teatro de 2008. No Acre, ele recebe o apoio da Fundação Elias Mansour (FEM).

A Feira Panamazônia acontece de 20 a 24, no Horto Florestal. Além de espetáculos de teatro, a feira oferece outras atrações culturais, como música, folclore e contação de histórias.

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