As pessoas que apreciam produtos orgânicos têm uma ótima opção para adquiri-los diretamente do produtor na feira que todas as sextas e sábados é realizada no calçadão do Terminal Urbano. Produtos como verduras, frutas, derivados de macaxeira e de milho têm a garantia de não conter agrotóxicos.
Além do mais, os agricultores orgânicos são defensores da floresta, não desmatam nem queimam. Existem vários núcleos de agricultura orgânica no entorno de Rio Branco, que recebem apoio do governo federal, estadual e municipal.
Elias Vieira Tomás mora no polo Wilson Pinheiro, da Transacreana, onde há um grupo de 14 agricultores orgânicos, e todas as sextas e sábados participa da feira. Ele costuma vender cebola, alface, rúcula, frutas e derivados da macaxeira, e observa que o produto orgânico tem boa aceitação no mercado. “A gente faz o máximo possível para manter a saúde das pessoas, pois hoje existe muito alimento contaminado.”
Gaeh
O Grupo de Agricultores Agroecológico do Humaitá (Gaeh) é um importante fornecedor de produtos para a feira. O grupo, que recentemente recebeu do governo do Estado uma sede própria em Porto Acre e equipamentos agrícolas, congrega 54 produtores de vários ramais do município e produz grande variedade de produtos orgânicos.
A vice-presidente do Gaeh, Miciléia de Jesus Carneiro, é participante assídua da feira. Ela conta que antes os produtores orgânicos tinham que ficar “se humilhando” para os atravessadores, mas, com o surgimento da feira e a venda direta ao consumidor, os produtos orgânicos ficaram devidamente valorizados.
A aposentada Maria do Patrocínio relata que todo fim de semana sempre vai à feira comprar especialmente verduras e banana. “Gosto dos alimentos orgânicos, pois são mais saudáveis”, diz. Ela acabara de comprar verduras da produtora Maria Helena Soares Faria, moradora na Transacreana.
Maria Helena mora em uma chácara com a família do filho. Todos vivem da produção familiar de verduras, frutas e farinha, e há 14 anos não usam agrotóxicos. “Graças a Deus temos essa feira, e ai de nós se não fosse ela. Agricultura orgânica é o nosso ramo de vida, e vender para atravessador não dá.”
