Desde quarta-feira, dia 25, está sendo realizada a segunda edição da Feira do Peixe- 2013, na Central de Abastecimento e Comercialização de Hortifrutigranjeiros (CEASA). A primeira edição foi em abril, durante a semana santa e até domingo, dia 29, está disponível para a população uma grande variedade de pescados de água doce e hortifrutti.
O Diretor do Ceasa, Paulo Sérgio Brana, compartilha que diariamente as equipes fazem levantamento da comercialização e por isso destaca: “A meta de venda dos pescados era de 30 toneladas, e a meta dos produtos de hortifrutti já foi alcançada, que eram 50 toneladas, sendo que mais de 60 foram comercializadas”.
Brana explica ainda que a feira é uma consolidação das políticas de agricultura familiar e de piscicultura desenvolvidas no estado, pois esta é a etapa final, na qual é entregue o produto ao consumidor. “Estamos tendo uma grande participação do público e a geração de renda é muito importante para todas as famílias envolvidas”, conclui.
O coordenador estadual da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol), Carlos Omar afirma que além dos empreendimentos individuais, há cerca de 50 cooperativas e associações participando desta feira, o que beneficia indiretamente cerca de 120 famílias.
“Quando nós vemos uma banca, notamos até três pessoas comercializando os seus produtos, mas às vezes passa despercebido dos visitantes que ali está envolvida uma cooperativa ou associação, e são muitos os que trabalharam para ter o produto aqui. Depois o montante da renda será dividido entre eles, o que garante o sustento e prosperidade do grupo”. disse Carlos.
Há empreendimentos de quatro municípios participando da feira além de Rio Branco, Porto Acre, Senador Guiomard e Bujari o que garante visibilidade econômica e potencializa as cadeias produtivas locais. A Unisol tem o apoio do CEASA, da prefeitura de Rio Branco através da Coordenadoria Municipal do Trabalho e Economia Solidária (Comtes), do governo do estado, através da Secretaria Estadual de Pequenos Negócios (SEPN) e do movimento social, através da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Geração de renda
Um serviço apreciado pelo público é o dos limpadores de peixe, porque os clientes podem levar o peixe semi-pronto para o consumo. Aldemir Mendes está trabalhando como limpador de peixe e conta: “Aqui não falta serviço, é uma renda extra para mim, por isso eu preferi vir para cá trabalhar, a ganhar diária de servente hoje, porque aqui dá mais”.
Raimundo Nascimento é filiado a Cooperativa do Assentamento Dom Moacyr que hoje tem 45 filiados e trabalham como piscicultores desde 2005. Ele explica que tem sete tanques e a cooperativa trouxe duas toneladas de peixe para a venda.
“A cooperativa é uma organização e o trabalho sendo organizado funciona. O nosso grupo tem interesse em prosperar e poder apresentar o produto ao consumidor e estamos felizes de poder fazer isso”.
Wendel Silva, um dos clientes da feira aprovou e gostou do preço.
“O preço está acessível e essa é uma opção para mudar o cardápio, então hoje eu comprei um cará para o almoço da minha família”. falou Wendel
Pequenos Negócios
Entre os empreendimentos de pequenos negócios apoiados pela secretaria, está a empresa “Sabor dos Anjos”, Lana dos Anjos está trabalhando com sua mãe na feira, servindo peixe a escabeche, peixe a milanesa, vaca atolada e comidas regionais.
“Nós começamos a trabalhar com alimentação esse ano, porque recebemos os equipamentos da SEPN e a gente está reescrevendo nossa história com trabalho”. disse Lana
A Associação de Catadores de Resíduos Sólidos do Quinari (Acresoqui) está representada pela freira Kaylyanne Pinheiro. “Essa é uma oportunidade muito boa de divulgar nosso trabalho, nós temos um grupo de mulheres e cerca de vinte crianças, que transformam os restos em artesanato. Nós trouxemos chaveiros reciclados, tapete feitos com sobras de tecido, brinquedos e flores de pet ”.
Variedade
Parte do sucesso da feira é pela variedade, ressalta a cliente Fátima Lourenço.
“Eu acho legal vir para a feira, ontem eu comprei curimatã e tambaqui , hoje estou levando verduras. Eu moro no bairro Abraão Alab, mas preferi vir até aqui porque tem o preço mais em conta”. Disse Fátima.
Irisnéia Cerqueira é do pólo Wilson Pinheiro e ela conta que lá são 40 agricultores. “Essa é a primeira vez que participo de uma feira e queria que tivesse todo mês! Nós, juntos, podemos trazer uma boa variedade de verduras. Além da estrutura do ceasa, nós estamos tendo apoio para trazer nossa produção, tem uma logística de carros, que a prefeitura organizou para a gente ter condições de estar aqui . Tá sendo muito bom, porque eu estou trabalhando, e é uma grande ajuda para nós”
Na estrutura da Ceasa há tendas na praça de alimentação, empreendimentos de economia solidária, com artesanatos e produtos de jardinagem. Outra atividade é a vacinação, e está disponível para os visitantes as vacinas de gripe, tétano, hepatite, além da realização de testes de glicemia, diabete e aferição de pressão.
Enquanto os clientes realizam suas compras, há atividades culturais, como apresentações musicais. Na manhã de sábado, o grupo de capoeira Axé também realizou uma apresentação.
