Feira apresenta alternativas produtivas com conservação da Amazônia

A I Feira de Agricultura Familiar da Amazônia Legal (Agrifal), reúne as políticas públicas vigentes, as tecnologias disponíveis e os avançados alcançados na produção rural da Amazônia (Foto: Terezinha Moreira/Seaprof)
A I Feira de Agricultura Familiar da Amazônia Legal (Agrifal), reúne as políticas públicas vigentes, as tecnologias disponíveis e os avançados alcançados na produção rural da Amazônia (Foto: Terezinha Moreira/Seaprof)
A I Feira de Agricultura Familiar da Amazônia Legal (Agrifal), reúne as políticas públicas vigentes, as tecnologias disponíveis e os avançados alcançados na produção rural da Amazônia (Foto: Terezinha Moreira/Seaprof)

A I Feira de Agricultura Familiar da Amazônia Legal (Agrifal), reúne as políticas públicas vigentes, as tecnologias disponíveis e os avançados alcançados na produção rural da Amazônia (Foto: Terezinha Moreira/Seaprof)

Com a proposta de ser a vitrine da produção rural da Amazônia, durante três dias, 25, 26 e 27 de maio, na cidade de Belém (PA), a I Feira de Agricultura Familiar da Amazônia Legal (Agrifal), reúne as políticas públicas vigentes, as tecnologias disponíveis e os avançados alcançados.

Edmilson Ferreira Barros, produtor do Projeto Moju, presidente da Associação de Desenvolvimento Comunitário do Ramal Arauari, da cidade de Belém, trouxe para a Agrifal a sua experiência com produção de palma (dendê). “O trabalho com a palma é pouco. Faço uma poda por ano e duas colheitas por mês”, garante.

O governo do Pará aposta na produção de palma para alavancar a agricultura familiar do Estado. E segundo Edmilson Ferreira Barros as 150 famílias do Projeto Moju não querem outra coisa. “Vendemos a palma para a empresa que beneficia. A renda é de R$ 3 mil por mês”, garante.

O secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Lourival Marques lembra também detalhe importante para esta cultura que é o fato de não ser preciso desmatar para fazer a plantação. “Podem ser utilizadas áreas degradadas as quais pode-se agregar valor”, analisa.

Os nove Estados da região amazônica estão com espaço institucional na Agrifal. O Acre é representado pela Seaprof com exposição de produtos da agricultura familiar acreana. “Até pouco tempo não se vislumbrava a agricultura familiar, as pequenas plantações de mandioca e alface, como atividades capazes de gerar riquezas”, lembra Lourival Marques que acompanha o evento.

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A disponibilidade de terra alterada e o clima característico da região tropical (muito sol, chuva e umidade), e grande atrativo de capitais comprometidos com a questão ecológica credencia a Amazônia para ser o maior produtor de óleo de palma e biodiesel do mundo.

“A vida da minha família mudou nesses últimos seis anos quando passei a trabalhar com a palma. Dela se aproveita tudo. Não se desperdiça nada”, garante o produtor Edmilson Barros. Combinar produção com preservação, este é o foco do cultivo de palma.

A abertura do evento aconteceu nesta sexta-feira, 25, e contou com a presença do governador do Pará, Simão Jatene; a presidente da Emater, Cleide Amorim; o secretário Nacional de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Laudemir Müller; o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rubens Santos; e do diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) do MDA, Argileu Martins.

Agrifal é vitrine do mundo rural da Amazônia

A estrutura montada para a feira contempla seis ilhas temáticas, com fotos, maquetes, mostra de projetos e práticas, exibição das cadeias produtivas e de produtos finais e presença de técnicos da Emater e de produtores atendidos: “Sociobiodiversidade e Turismo Rural”, “Fruticultura, Floricultura e Orgânicos”, “Pequenos e Grandes Animais”, “Mandioca e Derivados”, “Bionergia” e “Turismo Rural”.

Quatro Armazéns de Serviços resumem empreendimentos familiares apoiados pela Emater e parceiros institucionais e esclarecem sobre políticas públicas do setor, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Além disso, palestras, cursos e oficinas oferecem aperfeiçoamento a profissionais especializados – desde a merendeiras, que podem aprender a manipular melhor matérias-primas da agricultura familiar, até a engenheiros agrônomos, que podem discutir a realidade do biocombustível.

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