Governo do Estado e prefeitura se mobilizam para conter a contaminação
Depois de confirmada a presença do vetor aedes aegypti, transmissor da dengue, em Feijó, o Estado adotou todas as medidas para diagnóstico, assistência e controle do vetor. Oito casos até agora foram confirmados como positivos.
No dia 14 deste mês, o município entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) pedindo assessoria no combate à doença devido à suspeita de casos existentes. A Sesacre solicitou coleta de sangue para exames prévios e uma varredura na cidade para encontrar o vetor, que até então não existia em Feijó.
Os exames foram enviados na última quarta-feira, 16, para o Laboratório Central (Lacen), em Rio Branco. No mesmo dia foi encontrado o vetor em duas residências e terrenos baldios e levado para exame. Às 15 horas, as larvas foram confirmadas como sendo mesmo do aedes aegypti e oito exames de sangue deram positivo para dengue.
Mediante a comprovação, a prefeitura de Feijó e a Sesacre montaram uma força-tarefa, disponibilizando técnicos de vigilância epidemiológica, técnicos de operação de campo para controle, técnicos de controle vetorial (opera o fumacê), enfermeiros capacitados para qualificação de profissionais da rede e um vídeo do médico cubando Eric Martinez, no qual ele explica como diagnosticar corretamente, atender e tratar a doença. Esses profissionais ficam na cidade até a próxima semana.
A Sesacre enviou medicação e soro, 300 quilos de larvicida (mata a larva), 40 litros de adulticida (mata mosquito adulto), três unidade de motor costal, um carro com motor UBV pesado acoplado, um carro para suporte das ações de campo, camisetas de campanha, farda e equipamento de proteção para o agentes do fumacê e 20 bolsas completas para execução das ações de campo contendo martelo, trena, calculadora, colher medidora e tubito. Além disso, a Secretaria de Saúde adquiriu 300 kits de teste rápido, que devem chegar na próxima semana.
O governo do Estado também vai enviar um equipamento para dar suporte na realização de exames laboratoriais e um técnico para capacitar os demais. Foram enviados ainda materiais informativos – folders, cartazes e guias de procedimento para médicos e enfermeiros.
“No dia 25 de janeiro, a Sesacre emitiu alerta para os 22 municípios do Acre porque eles precisavam ficar em estado de alerta. O monitoramento deve ser diário”, diz a gerente da Vigilância em Saúde da Sesacre, Izanelda Magalhães.
Provável motivo para o aparecimento de casos de dengue em Feijó
Izanelda levanta a hipótese de que um dos possíveis motivos para o aparecimento de casos de dengue em Feijó esteja ligado à abertura da BR-364. Ela explica que o mosquito não nasce contaminado, ele pica uma pessoa contaminada e daí transmite para outras. Com o aumento do fluxo de pessoas e carros, alguém pode ter chegado contaminado, foi picado por um mosquito e daí houve a contaminação. “Isso sem contar com essa época de chuvas. É preciso lembrar que o ovo do mosquito pode ficar adormecido durante os 365 dias do ano, e eclode em contato com a água. Por isso, a limpeza correta em recipientes e objetos que acumulam água é fundamental”, alerta.
