Fapac cria banco de dados para pesquisadores acreanos acessarem recursos da Chamada Expedições Científicas

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (Fapac) está fazendo um levantamento de pesquisadores acreanos para que eles possam acessar recursos voltados para pesquisas na Amazônia, por meio da Chamada Expedições Científicas, edital lançado pela iniciativa pela Amazônia+10, com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com as fundações de amparo à pesquisa estaduais. 

Iniciativa Amazônia+10 investe em pesquisa sobre a sociobiodiversidade na Amazônia. Foto: cedida

Quatro agências estrangeiras passaram a integrar essa chamada, sendo o British Council e o UK Research and Innovation (Ukri), ambos do Reino Unido; a Swiss National Science Foundation (SNSF), da Suíça; e o Centro Universitário da Baviera para América Latina (Baylat), da Alemanha. 

Com essa ampliação, o edital lançado pela Iniciativa Amazônia+10, em parceria com o CNPq, agora tem um fundo total de aproximadamente R$ 94 milhões em todo o país. As inscrições seguem até 29 de abril. 

A Fapac está disponibilizando R$ 500 mil, somados a mais R$ 190 mil de complementação pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na expansão do edital lançado pela Iniciativa Amazônia+10. A ideia do levantamento é montar um banco de dados dos pesquisadores que atuam no Acre e que podem fazer parceria com outros estudiosos. 

“A participação estrangeira exige autorizações e consórcio com pesquisadores amazônicos. Estamos montando um banco de dados de excelência com os pesquisadores da Amazônia e enviando a esses países”, destaca Moisés Diniz, presidente da Fapac.

Amazônia+10

A Iniciativa Amazônia+10 apoia projetos de pesquisa em colaboração voltados à conservação da biodiversidade e adaptação às mudanças climáticas, à proteção de populações e comunidades tradicionais, aos desafios urbanos e à bioeconomia, como política de desenvolvimento econômico na região. 

O edital Expedições Científicas tem como objetivo explorar cientificamente a região amazônica. Serão financiadas pesquisas, por exemplo, sobre o patrimônio material e imaterial de povos ancestrais, indígenas e tradicionais, documentação de línguas indígenas e sistemas de conhecimento associados, além da relação entre dinâmicas territoriais de povos tradicionais com o uso sustentável dos recursos naturais da floresta.

Moisés Diniz, presidente da Fapac, destaca a importância do consórcio entre pesquisadores do Acre com os de outros países. Foto: Aleksandro Soares/Saneacre

O resultado final das propostas contempladas será divulgado em agosto. A Iniciativa Amazônia+10 é liderada pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e pelo Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência Tecnologia e Inovação (Consecti), e conta também com a parceria do CNPq. 

“O governo do Acre, através da Fapac, demonstrou que é possível, com médio investimento, incluir os pesquisadores do Acre num consórcio científico milionário”, destacou Diniz. 

A Fapac tem encabeçado eventos para capacitar e orientar os pesquisadores do estado sobre recursos destinados à região. Na última quinta-feira, 18, detalhou os editais do programa Pró-Infra da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O evento teve como público-alvo instituições de ensino superior de pesquisa e empreendedores que buscam apoio financeiro por meio dos editais.

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