Remoção garante a segurança das famílias assistidas pelo Governo do Estado por meio da Seds
Em abril deste ano a dona de casa Raimunda Lima de Souza e seus familiares precisaram deixar a casa que moravam para ocupar um local no Parque de Exposições. A saída repentina de seu lar foi necessária depois que o rio Acre ultrapassou sua cota de transbordamento, alagando dezenas de bairros da capital. “Precisamos sair às pressas com nossas coisas na cabeça para não perder o que tínhamos”, relembra.
A situação na capital era preocupante e no mesmo mês o governador Tião Viana recebeu no Acre o ministro da Integração Social, Fernando Bezerra, que visitou famílias que assim como dona Raimunda de Souza estavam abrigadas no Parque de Exposições.
Durante a visita o ministro Fernando Bezerra garantiu aos atingidos pela enchente que iria buscar junto a presidente Dilma Rousseff a construção de 500 unidades habitacionais para atender as famílias que viviam em áreas de risco. Ainda durante sua passagem pelo Acre o ministro liberou R$ 900 mil para atendimento às vítimas da enchente.
Naquela época a dona de casa Raimunda de Souza, seus pais, esposo e filhos nem imaginavam que meses depois de ficarem desabrigados por causa da enchente estariam morando em outra casa, num local seguro e com infraestrutura básica e a espera de uma unidade habitacional definitiva doada pelo Governo do Estado em parceria com o Governo Federal.
Parceria que possibilitou melhoria na qualidade de vida
Hoje a dona de casa faz parte do grupo de 272 pessoas que a Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) identificou no bairro Seis de Agosto como moradoras de áreas de risco.
Porém, para identificar as pessoas em situação de risco e vulnerabilidade social,os funcionários da Seds montaram um escritório no bairro Seis de Agosto e começaram a fazer o cadastramento das pessoas que moram em áreas de risco.
De acordo com o coordenador de Habitação e Zona de Atendimento Prioritárias Urbanas (ZAP’s) da Secretaria de Desenvolvimento Social, Antônio Carlos Crispim até esta semana 70 famílias já deixaram essas áreas e estão morando em outras áreas sem risco de alagamentos e recebem o Aluguel Social. Outras 24 famílias estão em busca de locais para alugar e deixar as áreas de risco.
“Os nossos assistentes sociais conversam com essas pessoas e tudo é definido de maneira amigável. Não há imposições. Quem aceita deixar a área de risco faz um acordo com o Governo do Estado por meio da Seds na qual a secretaria se compromete em pagar o aluguel social e, posteriormente, essa família tem a garantia de se mudar para uma unidade habitacional cedida pelo Governo”, detalha Crispim.
O coordenador da Seds conta que a verba para custear o Aluguel Social e a garantia de que essas pessoas que aceitam deixar as áreas de risco vão receber um novo imóvel só foi possível graças a intervenção do Ministério da Integração Social no Acre e ao trabalho do Governo do Estado em parceria com o Governo Federal.
Crispim esclarece que as famílias que fazem o acordo escolhem o local da moradia que pretendem alugar em seguia informam aos assistentes sociais da Seds.
“Depois, os assistentes visitam a área para verificar se a nova moradia tem condições básicas como água, luz, banheiro, escolas próximas e se não fica em área de alagação. Caso todos esses requisitos sejam atendidos o aluguel social é liberado. Nós ainda disponibilizamos um veículo para quem precisa buscar um local para morar”, informa o coordenador.
Um bom lugar pra se viver
Agora, Raimunda de Souza recebe feliz aqueles que visitam sua nova casa no bairro Areal. A nova casa é construída em alvenaria e ficam em frente a uma rua pavimentada, com ônibus passando em frente à sua residência e o melhor, em local seguro para sua família.
“Essa casa é muito melhor do que a que eu vivia antes. A outra, que ficava na Seis de Agosto, era numa rua que quando chovia ficava só a lama, tanto que para não andarmos com sacolas nos pés nós fizemos um trapiche para fazer o caminho até a rua que tinha asfalto”, comenta a dona de casa.
Raimunda de Souza revela ainda que desde que foi contactada pelos funcionários da Seds recebeu um tratamento muito amigável. “Sempre me receberam com muita atenção. São ótimos servidores e posso garantir que nunca ninguém tratou a mim ou minha família mal”, assegura.
O aposentado Francisco Oliveira, pai da dona de casa, também diz estar muito feliz em morar em outro local. “Aqui é muito melhor. Aqui não alaga, graças a Deus”.
A antiga casa onde Raimunda de Souza e sua família moravam fica às margens da Avenida Amadeo Barbosa, era uma área alagadiça. O imóvel construído em madeira foi demolido, com autorização da ex-proprietária e deverá fazer parte de uma área de reflorestamento.