Renda para comunidades tradicionais, valorização e preservação da floresta, e redução da pressão sobre o desmatamento. Essa equação é obtida através do manejo madeireiro, atividade legalizada que gera riqueza ao passo que protege a continuidade das florestas acreanas. O Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) entregou hoje um dos planos de manejo comunitário que serão administrados pela Cooperfloresta. Cada família beneficiada tem uma renda em torno de R$ 7 mil com o manejo madeireiro, além das atividades com seringa e castanha.
“Para as comunidades isso significa uma atividade legal. A retirada da madeira é algo legalizado e isso garante uma renda de R$ 7 mil por família só com o manejo da madeira. Isso pra gente é uma vitória. Tirar madeira sem certificação é como dirigir um carro sem ter habilitação”, disse Dionísio Barbosa, da Cooperfloresta.
O plano de manejo comunitário aprovado vai beneficiar 16 famílias da Associação de Produtores Agroextrativistas do Seringal Equador e tem volumetria de 3,8 mil metros cúbicos. O Imac também entregou um plano de 38 mil metros cúbicos para o manejo empresarial, que será coordenado pelo empresário Mário Santin. “Isso nos garante autonomia para trabalhar até agosto do próximo ano e pelo menos 200 empregos serão gerados a partir desse plano”, ressaltou o empresário. Com a aprovação dos demais quatro planos comunitários – que deve sair nos próximos 15 dias, a Cooperfloresta terá condições de trabalho até junho do próximo ano.
“O licenciamento ambiental está de acordo com o projeto de governo, ajuda a reduzir a pressão sobre o desmatamento, traz alternativa de renda para as comunidades – e isso é um diferencial, os manejos não são aprovados apenas para os empresários, mas beneficiam também as comunidades. Isso faz parte da política de valorização ambiental. Os projetos empresariais são garantia de renda e geração de emprego e acabam beneficiando também as populações das comunidades do entorno dos planos”, explicou o presidente do Imac, Fernando Lima.