Exposição “Acre Made in Amazônia” mostra peculiaridades do Estado em design de móveis

O Acre tem particularidades no modo de vida de seus colonizadores e para valorizar os detalhes das peculiaridades locais e como parte das atividades em memória dos 25 anos da morte do líder seringueiro Chico Mendes o governo do Estado promove até o dia 12 deste mês, no Memorial dos Autonomistas, a exposição de móveis “Acre Made in Amazônia”.

A exposição “Acre made in Amazônia” fica em cartaz até o dia 12, no Memorial dos Autonomistas (Foto: Diego Gurgel)

A exposição “Acre Made in Amazônia” fica em cartaz até o dia 12, no Memorial dos Autonomistas (Foto: Diego Gurgel)

As linhas de móveis têm nomes bem regionais, ressaltando a tradição e simbologia do Acre: Poronga, Palafita, Yuxin, Cirumim, Rio Acre, Empates, Jiboia e Nido.

Os conceitos dos móveis foram elaborados durante um curso de formação que envolveu estudantes de arquitetura, artistas e marceneiros.

A primeira-dama Marlúcia Cândida foi uma das entusiastas do curso que promovesse a sofisticação aliada ao designer na marcenaria acreana. Marlúcia Cândia foi a propositora da parceria entre o governo do Acre, por meio do Instituto Dom Moacyr, na qualificação dos moveleiros em Milão, por meio da Polidesign e Consórcio Politécnico de Milão

Os detalhes

As coleções apresentam móveis que podem ser utilizados em escritórios, halls de hotéis, casas e ainda, há uma linha de objetos para entreter crianças.

As coleções apresentam móveis que podem ser utilizados em escritórios, halls de hotéis, além de objetos para entreter crianças (Foto: Diego Gurgel)

As coleções apresentam móveis que podem ser utilizados em escritórios e halls de hotéis, além de objetos para entreter crianças (Foto: Diego Gurgel)

Na linha Palafitas, que apresenta o equilíbrio e desequilíbrio, as peças remetem à vida dos ribeirinhos e fazem lembrar as casas construídas em margens de rios, que têm “pernas” altas para que as moradias não alaguem em períodos de cheia dos rios. Nesta coleção as “pernas” dos móveis foram confeccionadas com dois tipos de madeiras de cores diferentes, uma em tom mais claro e outra em mais escuro. As duas madeiras diferentes simbolizam o nível das águas.

Outra coleção que usou de madeiras em tons diferentes para retratar as peculiaridades do Acre foi a linha “Empates – Duas essências em contraste”. As peças desta linha foram produzidas a partir das madeiras “roxinho” e “cerejeira”, duas madeiras nobres da Amazônia.

Nas peças, as madeiras se encontram nas juntas com detalhes em malhetes. O encontro das madeiras contrastante, tal qual eram os empates (manifestações entre fazendeiros e seringueiros) que ocorriam nos seringais e eram organizados por Chico Mendes.

A coleção de mesas “Rio Acre” traz os contrastes das curvas do rio que corta a capital acreana (Foto: Diego Gurgel)

A coleção de mesas “Rio Acre” traz os contrastes das curvas do rio que corta a capital acreana (Foto: Diego Gurgel)

A coleção de mesas “Rio Acre” traz os contrastes das curvas do rio que corta a capital acreana. As mesas trazem detalhes em madeiras de diversas cores terrosas, lembrando as águas barrentas do Rio Acre.

Os colonizadores do Estado que vieram para povoar a região vindos do Nordeste brasileiro também foram homenageados por meio da linha Jatobá que apresenta a biodiversidade em madeira. Os diferentes tipos de madeira se entrelaçam nos móveis, como se dançassem ao ritmo do forró, compondo formas diferenciadas. Essa coleção destina-se a hotéis, halls de entrada de espaços públicos.

As luzes da floresta estão representadas na coleção Nido que tem duas luminárias: uma na forma de ninho de pássaro, a outra, foi inspirada na poronga, tipo de lamparina que era utilizada pelos seringueiros para iluminar as caminhadas durante a madrugada, na floresta, na hora da extração do látex da seringueira.

Criadores e criativos – A exposição tem a direção de dois artistas renomados internacionalmente: Bernardo Senna e Emannuel Gallina. Ambos já receberam vários prêmios em reconhecimento às criações inovadoras e de design arrojado, que valorizam as madeiras nobres.

Gallina e Senna dirigiram a oficina de projetos de designer contemporâneo. Contudo, o workshop teve um diferencial, as peças deveria levar em consideração a cultura local.

Outro profissional que auxiliou no projeto que resultou na exposição foi o técnico especialista em setor moveleiro, Sérgio Frison, que promoveu a formação técnica das empresas. A exposição também tem a colaboração da designer italiana Eugenia Chiara, que criou a marca e a comunicação visual da “Acre Made in Amazônia” contando com apoio de artistas locais.

Parceiros – A ação do governo do Acre, executada por meio de Instituto Dom Moacyr, Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens) e o Polidesign, Consórcio do Politécnico de Milão. O projeto tem o apoio do Sebrae, Sistema Fieac,

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Serviço:

O quê: Exposição de Móveis “Acre Made in Amazônia”

Onde: Memorial dos Autonomistas

Até quando: Dia 12/10/2013

Horários: De terça a sexta, das 8 às 12 e das 14 às 18 horas – Sábados: Das 16 às 20 horas

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