Expoacre atrai empreendedores internacionais e reforça laços comerciais com países vizinhos

A 49ª edição da Expoacre, a maior feira de negócios e entretenimento do Acre, ganhou destaque internacional com a presença de empreendedores de Brasil, Peru e Bolívia. Durante as nove noites do evento, os corredores da feira se transformaram em um ponto de encontro entre os três países, impulsionando o comércio bilateral e promovendo o intercâmbio de produtos e serviços.

A convite do governo do Acre, diversos empreendimentos bolivianos e peruanos participaram da 49ª edição da Expoacre. Foto: Marcos Santos/Secom

Convidados pelo governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (SEICT), empresários e produtores rurais trouxeram uma grande variedade de produtos de suas cooperativas. Com itens como morango, truta salmonada, cebola, alho, queijo e vinhos, provenientes de regiões como Puno, Moquegua, Madre de Dios e Cusco. 

Cultivados em solos e com práticas diferentes, hortifruti internacional chama atenção dos visitantes da Expoacre. Foto: Marcos Santos/Secom

O evento também atraiu empresas do setor madeireiro, de crédito de carbono e representantes de três universidades bolivianas, que participaram com a expectativa de fortalecer as relações acadêmicas com o Brasil. 

Este ano, três universidades bolivianas marcaram presença divulgando suas instituições de ensino, como a Universidad Amazónica de Pando (UAP). Foto: Marcos Santos/Secom

Sendo uma delas a Universidad Amazónica de Pando (UAP), a qual a diretora de carreira de medicina, Rocio Gabriela Quispe, esteve presente divulgando as práticas realizadas durante os semestres do curso de saúde, tão almejado por muitos brasileiros: “Estamos recebendo de braços abertos todos aqueles que querem estudar na Bolívia, com uma possibilidade diferenciada de ensino em outro país. É gratificante ter esse espaço e dialogar com todos que passam por aqui”.

Quispe esteve todos os dias presencialmente na grande feira divulgando as aulas promovidas pela Universidade de Pando. Foto: Marcos Santos/Secom

Além da UAP, também esteve presente a Universidad Técnica Privada Cosmos (UNITEPC) e a Universidad Privada Domingo Savio (UPDS).

Marcos Moraes, diretor de comércio exterior da SEICT, enfatizou a importância desse intercâmbio para a economia local e regional. “O governo do Estado entende que o comércio bilateral é essencial. Não é só a gente vender para eles, mas eles também têm muitos produtos que nos interessam. A hortifruticultura do Peru é muito rica e forte, e essa feira proporciona essa troca”, destacou. 

Além disso, Moraes mencionou a importância do novo porto de Chancay, para um desenvolvimento dos países vizinhos. Foto: Marcos Santos/Secom

Ele também ressaltou a participação das universidades bolivianas: “Abrimos espaço para que as faculdades bolivianas pudessem participar, visto que muitos brasileiros estudam lá. Essa integração é uma demonstração de que o Acre está comprometido em fortalecer laços com os países vizinhos para impulsionar nossa economia.”

A representante do Grupo Empresarial Arsa (Gearsa), Anelise Salazar corrobora e agradece as conexões propostas pelo governo acreano: “Trouxemos seis empresas para a Expoacre, três de Cobija e três de Santa Cruz de la Sierra com o objetivo de estreitar laços comerciais e promover intercâmbio entre os mercados boliviano e brasileiro.

“Já conseguimos várias intenções de negócios com empresas brasileiras que desejam entrar no mercado boliviano, e essa troca comercial será vantajosa para ambas as regiões”, celebra Salazar. Foto: Marcos Santos/Secom

Ela conclui: “Essa é a nossa primeira vez participando da feira e acreditamos que é uma colaboração frutífera para o Acre e para a Bolívia, permitindo que produtos circulem entre os dois mercados”. 

A culinária internacional também é um grande atrativo, se diferenciando entre a gastronomia local. Foto: Marcos Santos/Secom

A Expoacre, que continua sendo um marco na promoção de negócios e cultura na região, mostrou que o Acre está de portas abertas para o mundo, especialmente para seus vizinhos sul-americanos.

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