Sobre a hipótese de haver ocorrido uma troca de bebês na Maternidade Bárbara Heliodora (MBH), em maio deste ano, a direção da instituição informa que o resultado de DNA expedido pela Coordenação de Genética Forense do Laboratório Central do Departamento de Polícia Técnica do Estado da Bahia descarta tal possibilidade.
Segundo a gerente-geral do Sistema Assistencial à Saúde da Mulher e da Criança (Sasmc), Lorena Rojas, houve um erro no preenchimento da declaração de óbito do natimorto, o que ocasionou a suspeita de haver trocas de bebês durante o parto. “Reconhecemos que houve uma falha durante o preenchimento da declaração de óbito. O importante é que foi confirmado que o bebê era realmente de Michela da Silva e era do sexo masculino, não feminino, como descrito na declaração. O exame de DNA confirma isso”, afirma Rojas, que diz ainda que todas as providências para apurar as denúncias e esclarecer o ocorrido foram tomadas.
A autorização para a realização do exame de DNA foi decretada pela secretária Suely Melo logo após o ocorrido. Amostras coletadas, tanto da mãe quanto do bebê, foram encaminhadas para a Coordenação de Genética Forense do Laboratório Central do Departamento de Polícia Técnica do Estado da Bahia, que comprovou o sexo e a maternidade da criança nos seguintes termos: o resultado da identificação do sexo pela pesquisa do gene da Amelogenina indica que o perfil genético encontrado nas amostras do indivíduo natimorto é de origem masculina.
Em seguida, considerando o estudo dos polimorfismos do DNA nuclear (STRs autossômicos), fica evidenciado que Michela da Silva Carneiro é mãe biológica do natimorto. As estatísticas revelam que o cálculo do índice acumulado de maternidade equivale ao percentual de 99,99%. A Secretaria de Estado de Saúde continua apurando administrativamente as responsabilidades sobre o erro no preenchimento do documento da criança.