-Qual vacina tem disponível? Perguntou alguém.
-AstraZeneca. Responde uma vacinadora.
-Ah, não vou tomar essa. Respondeu alguém.
De longe, na espreita, o coronavírus responde: Eu te escolho!
Esse é o diálogo na atualidade, nas unidades de saúde que disponibilizam a vacina contra a Covid-19. É necessário lembrar que a pandemia da Covid-19 continua fazendo vítimas em todo o mundo.
Os números são assustadores, mais de 500 mil vidas levadas pelo coronavírus só no Brasil. No Acre já são mais de 1,7 mil. Pais, filhos, irmãos, irmãs, tios e tias, entes queridos que deixam uma marca, um vazio. Agora, apenas as lembranças ficam da memória daqueles que restam.
É uma guerra, todos os dias uma batalha diferente. E como um vilão esperto, o coronavírus evolui a medida que encontra território propício para isso. As vacinas contra a Covid-19 evitam que mais pessoas sejam hospitalizadas e morram.
A vacina não é uma bebida que podemos escolher, como se escolhe em um bar. Não é opção dar espaço para que o vírus leve mais vidas. O objetivo é salvar pessoas.
Com a saúde não se brinca, já nos diz os mais antigos, que possuem vasta experiência nessa lida do dia a dia. Os jornais mostram que o coronavírus evoluiu para castas mais letais. A realidade dos outros países em 2020 se repetiu no Brasil.
Novamente o mundo enfrenta uma nova ameaça, uma nova casta mais poderosas. Por enquanto é lá, em territórios longínquos. Mas pode chegar aqui, como chegou anteriormente.
O Acre não existe! Grita alguém. Mas ele existe sim, e aqui existem famílias. Para o vírus não há fronteiras ou preconceitos. E quanto mais pessoas relutarem em se proteger, mais vítimas ele vai fazer.
Taís Nascimento é jornalista da Secretaria de Estado de Saúde