Na etapa estadual da 9ª edição do Prêmio Professores do Brasil, foram classificados três profissionais. Os vencedores receberam troféus do governador Tião Viana e equipe da Educação, em solenidade compartilhada com o Prêmio Gestão Escolar.
A premiação avaliou experiências desenvolvidas em sala de aula, a partir da didática e resultados. Os finalistas foram os professores Flávia Pereira, na categoria Educação Infantil, com trabalho realizado na Creche Professora Maria José Bezerra dos Reis; Reginâmio Lima, categoria 6º ao 9º Ano, do Colégio de Aplicação; e Andressa Batista, no ensino médio da Escola Boa União.
A premiação é promovida pelo Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB) e parceiros. O foco é valorizar o trabalho dos educadores e qualificar o ensino, como previsto no Plano Nacional de Educação (PNE).
Meta 17 (PNE): Valorização dos profissionais do magistério das redes públicas de educação básica
Os projetos
“Todo tempo é tempo de leitura” foi o projeto da professora Flávia Pereira. O resultado foi o desenvolvimento da criatividade e oralidade nas crianças. “A leitura é muito importante para o aprendizado infantil, principalmente na idade de dois e três anos”, explica. “Durante as atividades do projeto percebemos também grande envolvimento dos familiares e o despertar do interesse das crianças pelos livros.”
“Inovações tecnológicas da Amazônia”, coordenado pelo professor Reginâmio Bonifácio de Lima com os alunos do 9º Ano do Colégio de Aplicação. Produzimos conhecimentos sobre a Amazônia referentes ao momento histórico da passagem do Brasil Império para a República. “Esse é um período do qual há pouco registrado em materiais didáticos, então os alunos desenvolveram pesquisas e sistematizamos o conhecimento em um livreto denominado ‘Uma História do Acre em Retalhos’”,explica.
“Abayomis: Cultura Afrodescendente na Escola Boa União” rendeu bons frutos, segundo a professora Andressa Batista. “O projeto fez diferença no ambiente escolar, pois, a partir da abordagem da história e cultura afrobrasileira, refletimos sobre práticas racistas”, resume a educadora.
A culminância foi a confecção de bonecas abayomis (significa “presente precioso”), produzidas apenas com retalhos de tecido e nós. “Nos navios negreiros, as crianças choravam e, para consolá-las, as mulheres rasgavam a roupa do corpo e confeccionavam bonecas, resgata Andressa.