Estado realiza primeiro Seminário Integrado de Prevenção, Promoção e Vigilância das Doenças Crônicas não Transmissíveis

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), em especial as doenças cardiovasculares, a diabetes, as doenças pulmonares crônicas e o câncer, representam uma das maiores preocupações de saúde pública no Brasil e no mundo. Elas são responsáveis por aproximadamente 71% de todas as mortes globais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Buscando fomentar a integração das ações de promoção à saúde e fortalecer as políticas públicas voltadas para a prevenção das DCNT no estado, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) deu início nesta quarta-feira, 19, em Rio Branco, ao primeiro Seminário Integrado de Prevenção, Promoção e Vigilância das DCNT: Desafios e Perspectivas.

O evento, que se realizará até a sexta-feira, 21, reúne gestores públicos e profissionais das áreas técnicas da Saúde das esferas federal, estadual e municipal. Espera-se que o seminário contribua para a redução dos índices de morbimortalidade associados a essas doenças, por meio da disseminação de conhecimentos e da implementação de práticas baseadas em evidências.

“O que queremos é fazer com que os municípios, em conjunto com o Estado, consigam fazer a promoção e a prevenção da saúde, evitando que esse paciente entre em um processo de adoecimento crônico e vá fazer tratamentos terciários. O objetivo é que a gente oriente essa pessoa da melhor forma possível para evitar que essa doença evolua”, ressaltou a secretária adjunta assistencial de Saúde, Ana Cristina Moraes.

De acordo com a coordenadora da Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas da Sesacre, Liliane Maia, a iniciativa visa promover um diálogo intersetorial e multidisciplinar. “O nosso intuito é, justamente, fortalecer e integrar as ações de promoção à saúde, prevenção às doenças crônicas e trazer um aprimoramento das habilidades e, de fato, reduzir as questões de morbidade e mortalidade por doenças crônicas”, disse.

“Nós temos que estar vigilantes naquilo que é determinante, o social, a renda, o acesso, enfim, não tem como falarmos de saúde sem falar de todos os fatores que envolvem a temática. Então, olhamos para o cenário local, e vemos que é um estado pequeno, com muitos desafios. Contudo, uma das boas intervenções que a gente vem percebendo, que de algumas portarias do Ministério da Saúde, o Acre é um dos únicos estados que já conseguiram cumprir. Então, assim, a gente percebe um avanço”, pontuou Fernando Alves, assessor técnico da Coordenação-Geral de Prevenção às Condições Crônicas do MS.

Para o secretário Municipal de Saúde de Sena Madureira e vice-presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems/AC), Donizety Fernandes, o seminário contribui para a atualização dos profissionais. “O debate é importante para todos os nossos municípios, pois identificamos e fortalecemos as ações dentro da atenção básica. Por isso, trouxemos, também, nossos profissionais técnicos para participar e agregar conhecimento”, falou.

O evento é realizado pelos núcleos de Vigilância em Doenças Crônicas, de Educação em Saúde e de Alimentação e Nutrição da Sesacre em parceria com a Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Acre, do Cosems/AC, da Universidade Federal do Acre (Ufac), incluindo a participação do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (MS).