Na tarde do primeiro dia de junho, a Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres (SEASDHM), por meio da Diretoria de Políticas para Mulheres, esteve em Sena Madureira cumprindo diversas atividades de prevenção e educação. Uma delas foi a promoção de uma roda de conversa na Escola Estadual Rural de Ensino Fundamental e Médio Charles Santos.
A ação foi realizada com a colaboração do Ministério Público, o qual promoveu a prevenção da violência doméstica e instruiu sobre os diversos tipos de violência e, junto da equipe governamental, apresentou os direitos das mulheres, reafirmando políticas públicas e leis como a Maria da Penha.
Educação inclusiva e a importância da denúncia
A promoção da igualdade de gênero na sociedade e a presença dos pais na vida escolar dos filhos também foram temas abordados na conversa com os participantes, estimulando a construção de um mundo mais justo e igualitário, assim como uma educação mais inclusiva, próxima dos jovens, os acolhendo e amparando.
Sobre a importância de realizar denúncias, o promotor de Justiça Thales Costa convocou: “Não tenham medo de procurar apoio, de recorrer aos órgãos competentes. Estamos à disposição para proteger as mulheres e combater todos os tipos de violência”. Um dos meios de denúncia é o Ligue 180, serviço gratuito e sigiloso que recebe denúncias de violações contra as mulheres, além de fornecer informações sobre os direitos e a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade.
Acolhimento
“A visita à área rural é muito estimada por nossa equipe, para atendermos e apresentarmos os direitos que muitas mulheres desconhecem”, observa Lecy Pontes, gestora do convênio Acre pelo enfrentamento à violência doméstica.
Além da disseminação de conhecimentos, a Diretoria de Políticas para Mulheres realizou atendimentos, por meio da unidade móvel, Ônibus Lilás da SEASDHM, proporcionando consultas psicológicas, aconselhamento jurídico e de assistência social para os moradores da região rural.
Izanira da Silva Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, aprecia a presença do Estado em sua comunidade: “No meu convívio, conheço muitas mulheres que precisam de apoio, por isso fico contente com essa ação. Espero que seja o início de uma parceria, que tenha continuidade, acolhendo as mulheres”.
A realidade diária
Roseane Nunes, coordenadora pedagógica da escola, valorizou a intervenção do Estado: “Temos muitos alunos que desconhecem essas informações apresentadas hoje. São pessoas carentes, que não têm muitos acessos. Aqui na região há pessoas vulneráveis que sofreram abusos e que necessitam do básico”.
Na sua atuação como professora, Roseane conta sobre a necessidade de prestar apoio aos seus alunos: “No dia a dia encontro alunos com problemas emocionais, que passam por dificuldades e se fecham. Os adolescentes sentem muita dificuldade de se abrir e pedir ajuda, mas busco estar próxima e atenta às mudanças de comportamentos e pequenos sinais”.