Estado leva ajuda humanitária para auxiliar ribeirinhos atingidos pelas cheias em Marechal Thaumaturgo

Até o momento, cerca de 43% da população de Marechal Thaumaturgo, município de difícil acesso do Acre, foi atingida pela inundação do Rio Juruá. O governo do Acre, em socorro às vítimas, que totalizam mais de oito mil pessoas, entregou nesta quinta-feira, 29, nove toneladas de alimentos, além de medicamentos, para auxiliar os atingidos no enfrentamento do momento de crise.

Cheia em Marechal Thaumaturgo: 90% da população rural atingida, 192 pessoas desabrigadas e 2.110 desalojadas até o momento. Foto: Eliel Mesquita/Secom

Presente no município e acompanhando de perto a situação dos ribeirinhos, o titular da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Pedro Pascoal, afirmou que o Estado está à disposição para auxiliar não somente a região, mas todas as regiões acreanas que enfrentam os transtornos causados pela elevação do nível dos mananciais.

Pedro Pascoal: “O governo do Acre está presente em todas as regiões que sofrem com as enchentes”. Foto: Eliel Mesquita/Secom

Além disso, o Estado atua de forma preventiva e em parceria com os municípios para reduzir os danos à saúde da população no período pós-enchente. “Fizemos um levantamento para apontar de quais insumos o município necessita para fortalecer a assistência, pois sabemos que o quadro epidemiológico se agrava no período pós-enchente e, diante disso, orientamos a Saúde do Município que entregue o material de limpeza e os equipamentos de proteção individual [EPIs], para que o morador se proteja quando retornar ao seu lar”, destaca Pedro Pascoal.

Além de medicamentos, como hipoclorito e antibióticos, a Sesacre entregou uma bomba de infusão, equipamento que serve para infusão de medicamento controlado. Foto: Eliel Mesquita/Secom

O Estado repassou os mantimentos e medicamentos ao Município, que os distribuirá de forma imediata aos necessitados. Os alimentos se somarão às mais de 400 cestas básicas já entregues pelo Município. “Cerca de 90% dos moradores da zona rural de Marechal Thaumaturgo foram atingidos pelas águas, e a maioria deles sobrevive da agricultura familiar, ou seja, do plantio e colheita da mandioca. A ajuda do governo chegou no momento certo e nos ajudará a amenizar as dores do nosso povo”, enfatizou Valdélio Furtado, prefeito de Marechal Thaumaturgo.

Mantimentos irão saciar a fome de milhares de acreanos vítimas do fenômeno natural. Foto: Eliel Mesquita/Secom

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) enviou representante ao município para unir forças e levar solidariedade à população. “Este é um momento de dificuldade, em que o Estado, o Município e a sociedade devem dar as mãos para promover o bem ao próximo. Estamos vindo de uma vistoria na zona rural, em que averiguamos que a força das águas gerou um impacto muito grande na agricultura, destruindo totalmente o roçado dos agricultores”, ratificou o comandante do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), coronel Cleudo Maciel.

União de esforços leva assistência às áreas alagadas de Marechal Thaumaturgo. Foto: Eliel Mesquita/Secom

“Por determinação do governador Gladson Cameli, não temos dia e nem hora para deixar este município; atuaremos aqui até que dure a situação de enchente e estamos à disposição, com o trabalho de condução das atividades”, relatou Cleudo Maciel.

Sinais de vazante

No dia 25 de fevereiro, o governo do Acre decretou, por meio de edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE), o decreto de número 11.414, que estabelece emergência em 17 cidades do estado atingidas pelas cheias de rios ou igarapés.

No Vale do Juruá, a medida que tem validade de 180 dias, abrange Marechal Thaumaturgo, Cruzeiro do Sul, Feijó, Mâncio Lima, Porto Walter e Tarauacá.

Segundo a Defesa Civil municipal, o Rio Juruá, em Marechal Thaumaturgo, começa a apresentar sinais de vazante. Foto: Eliel Mesquita/Secom

Até o momento, Marechal Thaumaturgo totaliza 8.912 pessoas afetadas, 192 desabrigadas e 2.110 desalojadas. De acordo com a Defesa Civil municipal, o Rio Juruá apresenta sinais de vazante na região.

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