Estado do Acre valida o Plano Estadual de Prevenção, Controle e Combate às Queimadas e Incêndios Florestais


Comissão aprova por unanimidade o documento (Foto: Maurício de Lara Galvão/Sema)

Comissão aprova por unanimidade o documento (Foto: Maurício de Lara Galvão/Sema)

As entidades que compõem a Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais (CEGdRA), coordenadas pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema), se reuniram nesta segunda-feira, 9, no auditório da Funtac, para validar o Plano Estadual de Prevenção, Controle e Combate às Queimadas e Incêndios Florestais do Estado do Acre. Várias ações e estratégias para prevenção, combate, educação e produção sustentável sem uso do fogo foram discutidas desde o início do mês pelas entidades parceiras, com a finalidade de elaborar um plano adequado para minimizar os impactos causados pela próxima estação seca que se inicia na região.

A validação do Plano contou com a participação de 35 entidades federais, estaduais, municipais e da sociedade civil. Dentre os participantes destacam-se a Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), Instituto de Mudanças Climáticas do Acre (IMC), Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Secretaria de Estado de Extenção e Produção Familiar (Seaprof), Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMC), Defesa Civil Estadual e Municipal, Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Rio Branco (Semeia),Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Universidade Federal do Acre (Ufac), e a ONG Ipam (Instituto de Pesquisas da Amazônia).

Coronel Pires e Edegard de Deus: parceria entre Corpo de Bombeiros e Sema no combate a eventos extremos (Foto: Maurício de Lara Galvão/Sema)

Coronel Pires e Edegard de Deus: parceria entre Corpo de Bombeiros e Sema no combate a eventos extremos (Foto: Maurício de Lara Galvão/Sema)

Em 2011, a ação integrada das entidades que compõem a CEGdRA conseguiu diminuir em 63% a ocorrência de focos de calor (incêndios) em todo estado, em relação aos índices de 2010, demonstrando que o trabalho conjunto tem alcançado maior efetividade ano após ano. Com a validação do Plano, se espera um protagonismo semelhante para 2012.

“Estamos fazendo nosso plano de prevenção e temos a missão, ao longo deste semestre, sobretudo nos meses de agosto a outubro, de estarmos muito atentos à questão das queimadas e aos incêndios florestais. Várias ações e estratégias foram preparadas de forma integrada para atuarmos tanto na prevenção, combate, educação e monitoramento, como em formas de produção sustentável que dispensem o uso do fogo”, disseo Secretário de Meio Ambiente do Acre, Edegard de Deus.

As queimadas estão proibidas no estado, segundo ação civil impetrada pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual, determinando Fogo Zero à partir de 2012. Neste sentido, o Governo do Estado também vem implantando diversas alternativas aos desmatamentos e queimadas, principalmente no que se refere aos setores da agricultura familiar, promovendo não apenas os roçados sustentáveis, mas diversos programas como o de Florestas Plantadas, Certificação das Propriedades Rurais, Regularização do Passivo Ambiental Florestal, Piscicultura. Recentemente, adquiriu 364 máquinas que irão ajudar no processo de mecanização da agricultura em todo estado, evitando assim o uso do fogo a médio e longo prazo.

O Coronel Flávio Ferreira Pires, comandante-geral do Corpo de Bombeiros, avalia que o Plano está de acordo com as melhores previsões: “Ano passado, conseguimos fazer um trabalho muito bem coordenado entre os órgãos participantes. Neste ano, fizemos alguns ajustes baseados na experiência adquirida. Vamos visitar as regionais e conversar com as prefeituras, de forma a levar orientação e formas de trabalho coordenado, visando à prevenção e resposta às queimadas e incêndios nas áreas rurais e florestais”.

Outra novidade são as estações telemétricas que começam a ser instaladas agora e estarão completamente concluídas em 2013. Elas têm a função de, a um só tempo, fornecer dados metereológicos (precipitação, temperatura e umidade do ar) e acompanhar o comportamento dos rios em termos de vazão e cota (nível), dentre outras funções. Posicionadas próximas aos rios, possuem sensores de nível e de chuvas que enviam sinais via satélite, disponibilizando dados precisos sobre o volume dos rios e a influência das chuvas sobre os mesmos. Os dados coletados são enviados à central de monitoramento ou “unidade de situação”, que por sua vez processa esses dados de forma mais rápida e precisa, enviando-os às instituições responsáveis, como a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros. As informações coletadas por essas estações também são muito úteis no período da seca, uma vez que existe uma relação evidente entre a baixa cota dos rios e o risco de incidência de incêndios florestais.

Além da implementação destes modernos equipamentos, a Comissão também contará com a ajuda da Rede Nacional de Emergência de Radioamadores (Rener), que é fruto de uma parceria entre radioamadores e a Defesa Civil Nacional. A Rener pode ser organizada nacionalmente ou mesmo num Estado ou município, trabalhando em duas frentes: estabelecendo comunicação onde outros sistemas estão comprometidos por falta de energia elétrica e sistema de comunicação, ou pode também atuar na coordenação de equipes que estão na linha de frente, tanto no combate às enchentes, como no caso dos incêndios florestais.

Com o esforço das entidades envolvidas, utilizando modernos equipamentos e ações integradas de prevenção, combate e controle, o Estado e setores da sociedade civil pretendem minimizar os impactos da estação seca, colaborando assim para a manutenção de nossas florestas e a saúde de nossa população. O Plano Estadual de Prevenção, Controle e Combate às Queimadas e Incêndios Florestais, agora validado, é o instrumento fundamental para a obtenção destes objetivos.

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