O governo do Acre, por meio do Gabinete da Primeira-Dama Ana Paula Cameli e da Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres (SEASDHM), apresentou nesta quarta-feira, 9, às instituições parceiras dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o projeto Maria da Penha vai à Escola, por meio de videoconferência.
Implementado em 2014 pelo Centro Judiciário da Mulher do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (CJM/TJDFT), o projeto tem o lema “Educar para prevenir e coibir a violência contra a mulher” e visa à expansão para outros estados.
No Acre, o projeto será estendido às aldeias indígenas, com a versão Maria da Penha vai às Aldeias. “Desconheço outro estado que tenha investido nessa parcela da sociedade, que é tão distanciada das políticas de proteção. Eu creio que a educação é a alavanca que vai mudar o mundo e permitir que a nossa sociedade seja mais justa”, completou o coordenador do Núcleo Judiciário da Mulher do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e um dos idealizadores do projeto, juiz Ben-Hur Viza.
Um dos pilares do projeto é a capacitação de professores e gestores, para a identificação de crianças e adolescentes que estão em situação de violência, além da formação dos profissionais da educação sobre a temática e apoio na implementação de projetos pedagógicos sobre o tema. A supervisora do projeto em Brasília, Andréa Soares de Oliveira, apresentou as diretrizes que foram utilizadas para a implementação nas escolas e para a capacitação dos professores, gestores e entidades que participaram da videoconferência.
“É muito importante que esse tema chegue às escolas, que são um espaço de fomento para discussões. É uma estratégia de divulgação e combate a todas as formas de violência contra a mulher”, salientou a titular da SEASDHM, Ana Paula Lima.
A próxima reunião do grupo de trabalho irá definir a metodologia que será aplicada e o quantitativo de escolas atingidas pelo projeto, que irá abranger as quatro regionais do Acre. “Sabemos que nosso que o Acre ocupa o primeiro lugar no ranking de feminicídio. Pensando nisso, aderimos ao projeto, pois a escola é um espaço privilegiado para ações direcionadas às prevenções primárias da situação de violência doméstica e familiar contra mulher”, finalizou a diretora de Políticas para as Mulheres da SEASDHM, Isnailda Gondim.
Participaram da reunião representantes da Vara de Proteção à Mulher de Rio Branco, Vara de Medidas e Penas Alternativas, Tribunal de Justiça do Acre, Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Assembleia Legislativa do Estado do Acre, Ordem dos Advogados do Brasil, Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, Patrulha Maria da Penha, Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, secretarias municipais de Assistência Social e Educação, representando municípios do Alto Acre, Baixo Acre, Juruá e Purus, Defensoria Pública do Acre, Polícia Civil e Conselho Tutelar.