Peça premiada e reconhecida pela crítica da imprensa especializada chega ao Acre através do programa BR Cultura
O Púcaro Búlgaro, encenação de Aderbal Freire-Filho para o texto homônimo de Campos de Carvalho, chega pela primeira vez ao Acre e será apresentado no próximo fim de semana (6 e 7), a partir das 20 horas, no Teatro Plácido de Castro, em Rio Branco. A peça estreou em 1º de junho de 2006, no Rio de Janeiro, onde cumpriu temporada de seis meses, tornando-se um dos espetáculos mais assistidos da temporada, obtendo excelentes críticas da imprensa especializada, além de diversas indicações e prêmios. Com um elenco afinado e premiado – alguns dos atores são conhecidos por suas atuações no cinema e na televisão, como em ‘A Grande Família’, ‘Fantástico’, ‘Sítio do Pica-pau Amarelo’ etc -, o espetáculo ficou conhecido como uma bem-sucedida e deliciosa viagem teatral.
Em continuidade a esse sucesso, O Púcaro Búlgaro foi escolhido, através de edital público da Petrobras Distribuidora, um dos espetáculos a integrar o Programa BR de Cultura 2009/2010 para apresentações em 13 cidades das cinco regiões do Brasil: Maceió, Aracaju, Recife, Teresina, Belém, Manaus, Rio Branco, Cuiabá, Goiás Velho, Goiânia, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
Com cerca de 1.200 quilos, o cenário viaja de caminhão, sendo que o caminhão viajará de balsa no percurso de Belém a Manaus (Rio Amazonas e Rio Negro) e de Manaus a Porto Velho (Rio Amazonas e Rio Madeira). No total, serão 15.461 km percorridos.
"Um romance-em-cena puro sangue"
Sérgio Salvia Coelho, crítico da Folha de S. Paulo, diz que O Púcaro Búlgaro é "um romance-em-cena puro sangue" se referindo ao gênero novo que leva cada ator a ser narrador de si mesmo no próprio momento em que age, mantendo o texto integral por meio de um vertiginoso rodízio de personagens. O romance-em-cena é o jogo da ilusão no teatro levado ao paroxismo, verdade e mentira escancaradas simultaneamente, o discurso em terceira pessoa e a ação na primeira pessoa. É ainda a comunhão carnal mais acabada do épico e do dramático, o tempo inteiro narrativo e o tempo inteiro dramático. Uma versão radical do sonho de alguns teóricos do século 20 de convidar para a mesma mesa Aristóteles e Brecht.
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SERVIÇO
O Púcaro Búlgaro
Direção de Aderbal Freire-Filho
Texto original: ‘O Púcaro Búlgaro’, de Campos de Carvalho
Com Ana Barroso, Cândido Damm, Gillray Coutinho, Isio Ghelman e José Mauro Brant
Classificação etária: 14 anos
Duração: 120 minutos
Local: Teatro Plácido de Castro
Endereço: Av. Getúlio Vargas 2703, Bairro Bosque – Rio Branco
Telefone/informações: 68 3229-6890
Dias e horários das apresentações: 6 e 7 de março às 20 horas
Valor do ingresso: R$ 20
Meia-entrada: para estudantes, menores de 18 anos, maiores de 60 anos e professores da rede estadual de ensino. 50% de desconto, sob o valor da inteira, para portadores do Cartão Petrobras na compra de até 02 ingressos.
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Sinopse
No verão de 1958, Hilário, o personagem central do romance, descobre um púcaro búlgaro numa pequena sala do Museu Histórico de Filadélfia. A partir daí, obsedado por esse fato, move mundos e fundos a fim de organizar uma expedição que pudesse comprovar ou não a existência da Bulgária (já que da existência dos púcaros ele não duvida). Em seu apartamento no alto da Gávea, recebe toda a sorte de personagens esdrúxulos, candidatos a tomar parte na viagem – um alfarrabista interessado em abrir uma fábrica de acentos circunflexos na Bulgária, um descendente do sábio hindu que inventou o zero, um professor de bugarologia e bugarosofia, um sujeito chamado Expedito, e que pelo nome se acha credenciado para a expedição, um ex-habitante de Pizza que descobriu que a cidade, e não a torre do mesmo nome, é que está inclinada – enfim, um grupo surreal, dos quais alguns são aceitos para participar da aventura. Entre os meses de outubro e dezembro de 60, período em decorre a ação do romance, são ultimados os preparativos, escolhido o meio de transporte e traçado o roteiro rocambolesco (com a ajuda inestimável do professor de Bugarologia) que farão Hilário e seus expedicionários para tentar descobrir ("ou não descobrir") se a Bulgária existe mesmo. Ao final, depois que o expedicionário Expedito foge com a empregada da casa (amante de Hilário) e um cheque de dois milhões, o restante grupo de expedicionários transforma a iminente partida para a Bulgária numa inocente partida de pôquer e desiste da empreitada.
Ficha Técnica
Autor: Campos de Carvalho
Romance-em-cena de Aderbal Freire-Filho
Elenco: Ana Barroso, Cândido Damm, Gillray Coutinho, Isio Ghelman e José Mauro Brant
Cenário: Fernando Mello da Costa, Rostand Albuquerque
Figurino: Biza Vianna
Música: Tato Taborda
Luz: Maneco Quinderé
Preparação Corporal: Duda Maia
Adereços: José Maçaira e Luiz Amadi
Iluminador Assistente: Carlos Lafert
Assistente de Figurino: Junior Santana
Cenotécnico: Mg Piteco Cenografia Ltda
Pintura em Tecido: Maria da Glória Marinho
Direção de Cena E Operação de Som: Marcos Bay
Projeto Gráfico: Fábio Arruda e Rodrigo Bleque
Fotos: Guga Melgar
Direção de Produção: Willian Taranto
Produção Executiva: Gillray Coutinho, Isio Ghelman e Ana Barroso
Produtor Assistente: Tiago Lopes
Coordenação de Comunicação: Ney Motta
Realização: Idarte Produções Artísticas Ltda
Agradecimentos: Lígia Campos de Carvalho e Maria Amélia Mello
Patrocínio: PETROBRAS, Lei de Incentivo à Cultura e Governo Federal