Um levantamento feito pela sala de situação do governo do Estado, que acompanha a chegada de cargas ao Acre, mostra que a gestão estadual não tem medido esforços para assegurar o abastecimento de bens de consumo básicos e essenciais à população do Acre, principal meta do governador Tião Viana desde que se instalou uma situação de crise com a cheia do Rio Madeira, que inunda partes da BR-364 no trecho que liga o estado rondoniense ao Acre.
Na manhã desta terça-feira, 25, mais voos chegaram a Rio Branco. Hortifrutigranjeiros e leite chegaram em dois voos – um fretado pelo governo, com 21 toneladas de carga, e outro transportado pela aeronave Hércules, da Força Aérea Brasileira (FAB), com 12 toneladas de alimentos.
“Os produtos básicos estão chegando, os combustíveis também. Mas precisamos que a população consuma de forma consciente, se não outros consumidores se prejudicam e se instala o caos. O governo não tem medido esforços para garantir que os bens de consumo cheguem e a gente não sofra mais com essa enchente”, afirma a chefe da Casa Civil, Márcia Regina Pereira.
Segundo dados da equipe de logística da Sala de Situação do Corpo de Bombeiros, desde o dia 24 de fevereiro chegaram ao estado mais de 600 caminhões transportando 3.708 toneladas de alimentos. Por via aérea, até está terça-feira, 25, já foram registrados 60 voos somente em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), que transportaram um total de 410 toneladas de alimentos. Outros 12 voos foram fretados para o traslado de 240 toneladas de alimentos.
A via fluvial também tem sido rota de logística para o transporte de gás e combustíveis neste período. Quatro balsas com 1.720 toneladas de gás já aportaram na região e nesta terça-feira uma balsa atracou em Porto Acre, no fim desta manhã, com 600 mil litros de combustíveis para abastecer postos do estado.
A BR-364, no trecho que interliga a capital acreana ao Vale do Juruá, também se consolida como uma alternativa de rota terrestre, já que há limitações de tráfego nessa rodovia no trecho rondoniense. A ligação com o Juruá permitiu que chegassem à capital 1.485 milhões de litros de combustíveis.