Escritora acreana lança o livro Em Rio que Menino Nada Raia Não Ferra

Livro de estreia de Olívia Maria traz contos, crônicas e histórias sobre o Acre

convite_livro_olivia.jpg

A escritora acreana Olívia Maria lança no próximo dia 8, sexta-feira, das 17 horas às 19 horas, na Livraria Nobel, o  livro  Em Rio que Menino Nada Raia Não Ferra.  A publicação traz contos, crônicas e histórias que a cada instante vasculham a cultura acreana, trazendo à  tona um povo que se define com a leveza dos balseiros, o coloridos dos ipês roxos e o cheiro de mata molhada.  O trabalho de construção literária se deu através das memórias da própria autora .

Para o jornalista e escritor Mario Pontes, que foi editor do cadernos de cultura do Jornal do Brasil, por mais de vinte  anos, Olivia em seu livro de estréia  reconstitui, com notável força poética, paisagens e figuras humanas do inicio de sua vida em meio às terras, florestas, águas, dias e noites do Acre.

"Por vários motivos, a ficção de Olívia atrai o interesse do leitor.  Primeiro, pelo modo firme como suas  narrativas são construídas, proporcionando um bom equilíbrio entre os  elementos  memorialísticos e a invenção dramática. Segundo, pela qualidade do humor, que não  interfere na viagem ao interior dos personagens, mas contribui, ao contrário, para revelar sua riqueza ou pobreza interior. Finalmente, porque ela capta os movimentos da existência no âmbito do próprio ato de viver, levando  suas criaturas a entrar e sair vivas das histórias, e não apenas a circular sem propósito no interior de cada página", diz Pontes, que publicou diversos livros de ficção e ensaios, tendo ainda traduzido 25 livros, entre os quais obras de Camilo José Cela, Júlio Cortázar e Isabel Allende.

A vida de uma mulher do Norte que fala forte, pisa firme e dança com a leveza dos balseiros que serpenteiam no Rio Acre, ou a das garças-brancas, grandes e pequenas, que sobrevoam o Lago Paranoá. Que traz no coração as águas de rios, açudes e igarapés que se juntam às águas do cerrado e a inundam de emoções. Que traz a sensibilidade de quem correu entre árvores – castanheiras, seringueiras, angelins, paus-ferros – e, hoje, se emociona com o multicolorido dos ipês roxos, brancos, amarelos, sibipirunas, quaresmeiras… árvores… tantas!!! Que traz na pele o cheiro de mangaba, graviola, cajá, goiaba, caju… cheiro de mata molhada. Traz rasgos dos sons dos bem-te-vis, sabiás-laranjeira, araras, maritacas… Traz, também, um relicário de lembranças e as transforma em crônicas e contos, frutos maduros dos encantos de Brasília.

As palavras doces desta mulher do Norte repleta de emoções, de olhos faiscantes e alma de menina, remetem o leitor ao resgate das suas próprias memórias, às alegrias esquecidas, ao sentido essencial da existência: ser feliz.

A colheita de Olívia se dá após um madurar sem pressa. Por isso, tão belos e perfumados frutos. Frutos do sentimento. Tão suculentos quanto os jambos, carambolas e cajás que permeiam o seu percurso. Olivia Maria Maia nasceu no Acre, onde viveu sua infância entre banhos em rios e igarapés e brincadeiras em quintais sem cercas. Atualmente, mora em Brasília, onde reside desde 1972.

Serviço
Quando: 8 de outubro, sexta-feira, 17 às 19 horas
Onde: Livraria Nobel – Av. Getúlio Vargas, 613 – Centro

 

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter