Escolas de tempo integral revolucionam aprendizado no Acre

Escolas Integrais representam um novo modelo de ensino em nosso Estado (Foto: Arquivo SEE)

A educação no Acre vem passando por uma série de melhorias na gestão do governador Tião Viana. Uma das maiores mudanças está na oferta do ensino integral, modalidade que tem agradado alunos, professores, gestores e a comunidade em geral.

Para tornar esse modelo uma realidade, o governo do Estado investiu somente em 2017, R$ 21 milhões dos R$ 28 milhões dos recursos destinados à escola em tempo integral, ou seja, 75% do total. Os outros R$ 7 milhões vieram de repasses do governo federal por meio do Ministério da Educação (MEC).

A proposta é simples, mas inovadora. Fazer com o que aluno permaneça mais tempo na escola, participe das mais diversas atividades, curriculares e extracurriculares e se torne protagonista do seu próprio futuro, sendo capaz de escolher áreas do conhecimento com as quais mais se identifique.

Em 2017, as primeiras sete escolas de tempo integral começaram a funcionar em Rio Branco: Instituto Lourenço Filho (IELF), Glória Perez, Humberto Soares, José Ribamar Batista (Ejorb), Jovem Boa União, Sebastião Pedrosa e Armando Nogueira (Cean).

Mais de 4,4 mil alunos vivenciam as práticas e vivências da Escola Integral (Foto: Arquivo SEE)

Já em 2018, o governo aumentou os investimentos e mais três escolas de tempo integral foram implementadas no interior do Estado: Craveiro Costa, em Cruzeiro do Sul, Djalma da Cunha Batista, em Tarauacá, e Kairala José Kairala, em Brasileia. Ao todo, são mais de 4,4 mil alunos atendidos dentro desse modelo.

Para o secretário de Educação, Marco Brandão, o ensino integral representa um novo tempo para a educação pública acreana e traz a identidade do aluno acreano. “Essa é a escola jovem, que tem a identidade dos nossos jovens do século XXI, que são multifuncionais, que evoluíram nas atividades. Aqui ele é nosso protagonista e participa do processo de construção do conhecimento”, disse Brandão.

Quem trabalha nas escolas de tempo integral também nota a diferença desse novo modelo de ensino, que prepara o aluno para os desafios e as tendências profissionais do século XXI.

“Hoje a gente percebe um diferencial enorme de quando trabalhava com o outro modelo de ensino. Com 27 anos de Educação, eu nunca tinha visto nada parecido. A gente convive com eles, a gente conhece a realidade deles, e isso ajuda a desenvolver nos alunos as competências e as habilidades que eles precisam ter para o século 21”, declara a coordenadora da Boa União, professora Cláudia Valente.

O que dizem os alunos sobre a escola integral

“É indiscutivelmente uma forma melhor de aprendizado. Vai aumentar o desenvolvimento, fazendo com que a gente fique mais autoconfiante, o que ajuda na formação e no conhecimento.”

Kimberley Bernardo Prudêncio – Escola Sebastião Pedrosa

“Estudar numa escola de tempo integral, além de ser uma experiência nova, também nos ajuda a despertar o protagonismo da nossa própria vida. Eu aprendi a traçar metas para que meus sonhos não ficassem apenas na utopia.”

Eduardo Renso Nascimento – Escola José Ribamar Batista (Ejorb)

“Vocês não sabem o que estão perdendo. Eu digo isso para outros alunos que não estudam em uma escola de tempo integral.”

Taine Menezes – Glória Perez

“Os professores sabem o que têm que fazer, tudo é mais dinâmico, a gente fica maravilhada com o acolhimento, e isso nos ajuda a pensar a escola de forma diferente.”

Liriel Ferreira – Sebastião Pedrosa

“A escola de tempo integral está um passo à frente das outras que não são, pois lá a gente faz aquilo que gosta e aprende de verdade.”

Maria Eduarda Oliveira – Escola Jovem Boa União

“Demorei um pouco para me adaptar, mas a escola de tempo integral me ajudou a mudar até a minha personalidade dentro de casa.  Aprendi que sem um projeto de vida definido nós não somos nada.”

Luciano Silva – Armando Nogueira

 

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