Com o objetivo de fortalecer o processo de inclusão social e educacional no município de Rio Branco, a Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), através da sua Coordenação de Educação Especial, realizou na manhã desta segunda-feira, 26, o 3º Seminário de Educação Inclusiva, que abordou o tema “Transtornos Globais de Desenvolvimento na Educação Inclusiva”.
O evento teve como coordenador o professor Romeu Kazumi Sassaki, diretor de Capacitação e Consultoria do Centro de Vida Independente Araci Nallin, em São Paulo. Titular do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência de 2009 a 2011, também é autor de livros e artigos que trabalham com procedimentos inclusivos dos deficientes nas escolas.
“Não basta apenas conscientizarmos o ambiente escolar sobre as diferenças. Para que o processo de desenvolvimento destas crianças seja realmente proveitoso, deve haver uma interação entre o que é trabalhado em casa e as atividades praticadas na escola. Assim, ocorre a melhora considerável do nível de adequação e de socialização da criança, que não será prejudicada pelo simples fato de compreender o mundo de forma diferente”, disse Romeu.
De acordo com a coordenadora da Educação Especial da SEE, Úrsula Maia, a participação de professores das redes estadual e municipal de educação, de representantes das escolas particulares e instituições de nível superior faz com que “as ações do Ensino Especial atinjam um número maior de interessados. De mil matrículas na Educação Inclusiva, aumentamos para seis mil graças ao interesse dos educadores”.
O diretor de Ensino da SEE, Josenir Calixto, afirmou que a Educação Inclusiva é parte essencial do Plano Estadual de Educação, que começará a ser desenvolvido ainda este ano. “A meta desta secretaria é garantir o ensino de qualidade para todos, independentemente dos diferentes ritmos de aprendizagem. Estamos construindo uma política educacional que realmente exercita a inclusão na sua metodologia”, declarou o diretor.
Sobre os Transtornos Globais de Desenvolvimento
São distúrbios nas interações sociais que geralmente se manifestam nos cinco primeiros anos de vida. Caracterizando-se pelos padrões repetitivos e estereotipados de comunicação e pelo foco excessivo em interesses e atividades, esses transtornos englobam diferentes formas do espectro autista, como as Síndromes de Asperger, Kanner e Rett.
Crianças afetadas costumam apresentar dificuldades em iniciar e manter uma conversa, evitando o contato visual e demonstrando aversão ao toque dos outros, mantendo-se isoladas. Podem estabelecer contato por meio de comportamentos não-verbais e, ao brincar, preferirem objetos à companhia de outras crianças. Variações na atenção, na concentração, mudanças de humor sem causa aparente e repetição de ações também são indicadores em alguns casos.
