Um mundo mágico de múltiplos movimentos e diversos sentimentos. Assim podemos descrever a temporada de espetáculos do estúdio de dança Estúdio Balancé no auditório da Escola de Música do Acre (Emac), em Rio Branco.
Com a temática sobre a Terra do Nunca, ilha fictícia do personagem Peter Pan, os alunos e professores da referida companhia de dança apresentaram todos os encantos, suspenses e aventuras dessa obra escrita pelo escocês James Matthew Barrie, no ano de 1904.
No total, foram seis apresentações nas últimas duas semanas. O encerramento do ciclo dançante ocorreu na noite deste domingo, 11, e mais uma vez contou com a presença ativa do público, que lotou todas as sessões disponíveis e interagiu de forma contagiante com cada encenação.
Estilos como Balé Clássico, Street Dance, K-Pop, Dança Contemporânea, Jazz Dance e Dança do Ventre foram apresentados por cinquenta bailarinos que integram o corpo docente e discente do Estúdio Balancé, demostrando uma intensa sincronia entre a educação e a arte.
“Criamos um ambiente colaborativo para interagir com os demais artistas, apreender ou aprimorar novas técnicas ou estilos e, consequentemente, progredir e ganhar seus papéis, como foi o caso desse espetáculo, em que tivemos bailarinos de diversas idades e experiências no mesmo palco”, destaca a coordenadora do Estúdio Balancé, Jayne Maciel.
Seres imaginários compõem o enredo da Terra do Nunca, com destaque para o menino que se recusava a crescer, no caso, trata-se de Peter Pan, interpretado pelo bailarino Miguel Petrus; para a garota Wendy Darling, interpretada pela dançarina Ana Luiza Moura; o temido Capitão Gancho, pelo professor Kelvin Wesley; e a fada Sininho, por Jayne Maciel.
“Foram dois meses de preparação. Cuidamos dos mínimos detalhes como as montagens de coreografias, figurinos, escolha dos estilos musicais, construção do enredo, estudos de iluminação. Tantas coisas, porém tudo feito com amor, carinho e dedicação à nossa arte e ao nosso público”, disse a coordenadora.
Os espetáculos, que contaram com a direção artística de Marselle Moreira e Haffif Assem, também tiveram a participação especial dos músicos Alzerina Souza e Afonso Portela, que abrilhantaram as plateias com canções eruditas e populares, dando um charme a mais numa mostra cheia de talentos.
“A nossa instituição, como aparelho público do Estado, tem o dever de se aproximar do que dialoga com a música. A dança é um exemplo disso. Por isso, temos que contribuir para que esses trabalhos artísticos estejam disponíveis à comunidade da capital”, destaca o coordenador-geral da Emac, Afonso Portela.
Quem aprovou este intercâmbio entre música e dança foi a médica pediatra Valéria Paiva, que foi acompanhada do seu filho, o pequeno Vinícius Paiva, de 7 anos. Ambos ficaram encantados com todas as vinte e uma coreografias, apresentadas em torno de uma hora e meia de espetáculo.
“Sou apaixonada por tudo o que envolve a música e, consequentemente, tenho admiração enorme pela dança. Como essas artes se complementam, assim que fiquei sabendo dessa mostra, defini um dia para estar presente junto com o meu filho, e simplesmente amamos tudo”, disse Valéria Paiva.
O espetáculo Terra do Nunca recebeu o apoio da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), por meio da Escola de Música do Acre, da Companhia de Teatro Expressão, do S.O.S Rastrek e do Estúdio All Souza & Da Capo.