Curso Técnico em Agroecologia iniciou segunda turma nesta terça-feira
 Alunos do Instituto Dom Moacyr participaram da aula inaugural (Foto: Luciano Pontes/Secom) |
 José Araújo é da Reserva Extrativista Chico Mendes e ressalta a importância de levar o conhecimento para a comunidade onde nasceu (Foto: Luciano Pontes/Secom) |
A vida de 30 jovens de Xapuri, Brasileia e Assis Brasil começa a mudar a partir de agora, depois da aula inaugural do curso Técnico em Agroecologia para os Agentes de Desenvolvimento Comunitário, realizado nesta terça-feira, 25. Na prática, os alunos passarão dois anos em regime de internato na Escola da Floresta aprendendo técnicas de produção, sustentabilidade e associativismo para transformar a vida da comunidade em que moram.
O curso faz parte do Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário, financiado pelo Proacre. A carga horária é de 1.800 horas, distribuídas em 24 meses. Nesse período, os alunos passam três meses na escola e um mês nas comunidades de origem, para não perder o contato com a família e colocar em prática os conhecimentos teóricos adquiridos na sala de aula. O curso é executado pelo Governo do Estado, através do Instituto Dom Moacyr, com apoio do Governo Federal e recursos do Banco Mundial via ProAcre.
"Os alunos serão preparados para trabalhar com produção agrícola e florestal, principalmente com os sistemas agroflorestais, onde são cultivadas espécies produtivas com florestais ao mesmo tempo. Também são ensinadas as questões do associativismo e do cooperativismo, instrumentos fundamentais para o desenvolvimento e fortalecimento das comunidades", disse o gerente de Desenvolvimento Econômico do IDM, Vitor Adativa.
José Araújo de Araújo, 27, faz parte da comunidade Cumaru, na Reserva Extrativista Chico Mendes, em Assis Brasil. Ele é integrante da turma e está confiante de que vai poder transformar a vida da comunidade com os conhecimentos que adquirir. "Quero colocar em prática lá tudo o que eu aprender aqui. Já estou na Escola da Floresta desde sexta-feira e notei que as pessoas que estão ali realmente aprendem o conteúdo. Fiquei muito empolgado de poder levar esse conhecimento para onde moro e melhorar nossa produção com as técnicas aprendidas", disse.
O diretor presidente do IDM, Irailton Lima, destacou a oportunidade que os jovens têm: "Vocês estão chegando aqui para uma experiência nova e estão vinculados a um programa absolutamente inovador, que é o ProAcre, que tem o foco voltado para o desenvolvimento das comunidades lá na ponta. E esse desenvolvimento precisa ser conduzido pela comunidade, não pelo Governo. É por isso que vocês estão aqui, porque fazem parte desse desafio".
