Equipes da Sehab visitam famílias que vão morar na Cidade do Povo

Anatazildo da Silva não vê a hora de ir para sua nova casa num local seguro e confortável (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Anatazildo da Silva não vê a hora de ir para sua nova casa num local seguro e confortável (Foto: Diego Gurgel/Secom)

O dia começa cedo para a equipe de assistentes sociais da Secretaria de Estado de Habitação de Interesse Social (Sehab). Às 8 horas, os integrantes desembarcam no seu destino – o bairro selecionado para ser atendido pelo maior projeto habitacional do Acre: o Cidade do Povo, que disponibilizará mais de três mil casas a custo zero para as famílias atingidas pela cota 14,90 metros da cheia do Rio Acre, e ainda os bairros que apresentam situações de desbarrancamento, como é o caso do Preventório, décimo segundo a ser atendido pela equipe do governo do Estado.

A ação tem por objetivo atualizar os dados do cadastro habitacional das famílias que residem em áreas de risco da capital e que desejam ser removidas para o novo bairro. De casa em casa, a equipe ouve atentamente as histórias e expectativas de cada um com o sonho da casa própria. 

Antes do início da ação dos quase 40 técnicos sociais junto à comunidade, o Estado se reúne com os moradores para pedir autorização para atuar. Os trabalhos sociais para o Cidade do Povo já foram realizados nos bairros Cadeia Velha, Baixada da Habitasa, Adalberto Aragão, São Francisco, Ayrton Senna, Cidade Nova e Alzira Cruz, além do Seis de Agosto, Santa Terezinha, Triângulo Novo, Taquari e, agora, no Preventório.

Orgulho de fazer parte da história da habitação do Acre

Para as assistentes sociais que enfrentam sol e chuva, as dificuldades são superadas a cada dia de trabalho. O sentimento é de orgulho de poder fazer parte da construção da história da habitação do Estado do Acre e ajudar as famílias que mais precisam a sair de áreas de risco e situação de vulnerabilidade social. 

A equipe social da Sehab já percorreu 12 bairros em Rio Branco. As famílias que aceitarem serão os moradores do bairro Cidade do Povo (Foto: Diego Gurgel/Secom)

A equipe social da Sehab já percorreu 12 bairros em Rio Branco. As famílias que aceitarem serão os moradores do bairro Cidade do Povo (Foto: Diego Gurgel/Secom)

“Estou muito feliz de poder fazer parte desse trabalho de intervenção junto às famílias que irão morar na Cidade do Povo. Esse trabalho nos dá a plena certeza da melhoria da qualidade de vida dessas pessoas, e isso me orgulha fazer parte desse momento, que vai marcar a vida de muitos”, comenta a assistente social Atilânia Almeida.

Para a socióloga Cristiele da Silva, o que mais impressiona é a receptividade das famílias com a equipe social. “Esse trabalho nos permite conhecer a nobreza dessas pessoas, que, apesar de todo sofrimento e luta, têm esperança de dias melhores. A expectativa e a vontade dessas famílias com a ida para a Cidade do Povo facilita demais nosso trabalho”, disse. 

Várias histórias, um destino

A maior parte das famílias que moram no bairro Preventório vive lá há muitos anos. Para alguns é difícil deixar para trás o apego ao local, apesar das dificuldades.

Anatazildo da Silva vive da renda de um pequeno comércio na entrada do bairro. Ele sente muito por não conseguir ampliar o local, que não oferece condições seguras. O comerciante se emociona com a possibilidade de ir morar na Cidade do Povo e recomeçar uma vida nova. “Ganhar uma casa num local seguro é uma bênção, uma felicidade grande, não só para mim, mas para todos que moram aqui e cujas casas estão caindo. Agora chegou nossa vez”, afirma.

Valter e a mulher vivem há mais de 30 anos e relatam os perigos de morar no Preventório. Eles dizem querer sossego no novo bairro (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Valter e a mulher vivem há mais de 30 anos e relatam os perigos de morar no Preventório. Eles dizem querer sossego no novo bairro (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Maria de Nazaré Soares mora com o marido e duas filhas, e seu sonho era poder reformar a casa e oferecer um lugar mais confortável para a família, mas, por conta dos constantes desbarrancamentos, isso nunca foi possível. Agora ela espera ansiosa pela casa no novo bairro da capital. “Meu sonho é dar um futuro melhor para as minhas filhas, um lugar seguro, amplo e confortável. Se um dia Deus me tirar desta terra, esta casa do governo vai ser a herança delas. Estamos todos aguardando chegar o dia de mudarmos daqui”, comenta.

O pescador Valter Rodrigues está com 70 anos e vive sozinho com a mulher. Os dois também já estão cadastrados e serão os futuros moradores do maior conjunto habitacional do Estado. “Já estamos velhos e queremos sossego. Minha alegria é ir para a Cidade do Povo. Quero ir para lá logo, logo”, disse Rodrigues.

É importante esclarecer que as assistentes sociais só cadastram e conversam com as famílias que manifestam interesse de ser removidas para a Cidade do Povo. O governo do Estado garante que ninguém sairá de sua casa contra a vontade.

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