Equipe do Into realiza cirurgias de prótese de quadril em mais um mutirão no Acre

Demanda da especialidade deverá ser zerada até maio de 2012

A equipe composta por 17 pessoas, entre elas nove médicos especialistas na área de cirurgias de quadril, recebe o reforço dos profissionais da área de ortopedia do Acre (Gleilson Miranda/Secom)
A equipe composta por 17 pessoas, entre elas nove médicos especialistas na área de cirurgias de quadril, recebe o reforço dos profissionais da área de ortopedia do Acre (Gleilson Miranda/Secom)
A equipe composta por 17 pessoas, entre elas nove médicos especialistas na área de cirurgias de quadril, recebe o reforço dos profissionais da área de ortopedia do Acre (Gleilson Miranda/Secom)

A equipe composta por 17 pessoas, entre elas nove médicos especialistas na área de cirurgias de quadril, recebe o reforço dos profissionais da área de ortopedia do Acre (Gleilson Miranda/Secom)


Essa é a quinta vez que uma equipe do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), órgão do Ministério da Saúde, realiza mutirão de cirurgias no Acre somente este ano. Até a próxima sexta-feira, 16, cerca de 30 pacientes que estavam na fila aguardando encaminhamento para tratamento fora de domicilio serão operadas no Hospital das Clínicas do Acre.

As cirurgias de implantação de prótese de quadril de baixa e média complexidades fazem parte do projeto do governo do Estado de zerar, até maio de 2012, o número de pacientes que já têm laudos da especialidade e necessitam de encaminhamento para cidades como Brasília, São Luís (MA), São Paulo ou Rio de Janeiro.

A equipe composta por 17 pessoas, entre elas nove médicos especialistas na área de cirurgias de quadril, recebe o reforço dos profissionais da área de ortopedia do Acre. Inicialmente, os 42 pacientes que tinham previsão de cirurgia nessa etapa foram avaliados no domingo para confirmação de diagnóstico. São pessoas com artrites, artrites reumatoides ou vítimas de acidentes com sequelas de fraturas, por exemplo. Casos de complexidade mais simples entraram na lista dos que serão operados até sexta-feira. Os de alta complexidade terão que esperar por uma vaga para operar na própria unidade do Into.

O auxiliar de enfermagem Moisés Valente foi um dos primeiros a passar pela sala de cirurgia na manhã  desta terça-feira. Ele apresentava um problema no joelho que se não fosse tratado logo poderia ocasionar lesões no quadril. Moisés andava e trabalhava com dificuldade. Há um ano e um mês na fila aguardando para TFD, já estava economizando para tentar pagar uma cirurgia particular por não acreditar que teria o problema solucionado tão cedo. Diz que valeu a pena ter esperado. “Fui muito bem atendido. A equipe é muito bem preparada e acho que foi rápido. Agora é só fazer fisioterapia e o melhor foi ter sido tratado aqui no Acre”, diz, acompanhado do pai Osmar Valente.

Com mais essas intervenções feitas no Estado, a Secretaria de Estado de Saúde economizou o equivalente a R$ 200 mil com passagens de ida e volta de 30 para pacientes e seus acompanhantes. De janeiro a outubro, 144 pessoas deixaram de viajar para outro Estado para tratamento cirúrgico na área de ortopedia e traumatologia. “Não é só o custo financeiro que nos impulsiona. Nós trabalhamos para reduzir essa demanda aqui no Estado porque sabemos o quanto é importante a população se sentir amparada, perto da família, sem ter que arcar com estas despesas, na maioria das vezes sem poder”, diz a secretária Suely Melo.

É assim que se sente a aposentada Neuza Correia Pinheiro, 81 anos, e sua filha, a funcionária pública Ana Angélica. Moradora do município de Porto Walter, ela deu entrada no processo para TFD em dezembro de 2010 e era uma das ansiosas pacientes da Enfermaria A do Hospital das Clínicas à espera da cirurgia para implantação de prótese no quadril. “Eu só quero é ficar logo boa”, declarou. Ana Angélica diz que o fato de a mãe ser operada em Rio Branco facilitou a vida da família. “Estamos vendo o esforço do governo pra melhorar o atendimento na saúde. O povo tem que reconhecer”, avalia.

A aposentada Neuza Correia Pinheiro (Gleilson Miranda/Secom)

A aposentada Neuza Correia Pinheiro (Gleilson Miranda/Secom)

A parceria entre o Acre e o Instituto Nacional de Ortopedia e Traumatologia existe desde 2003, por intermédio do governo do Estado e do então senador Tião Viana. O coordenador do Projeto Suporte do Into, anestesiologista José Luís Ramalho, lembra que o complexo hospitalar mantém 30 convênios com todos os Estados brasileiros e em nenhum deles o tempo médio de espera é inferior a um ano. “Em lugar nenhum do Brasil acontece o que vemos no Acre. Uma pessoa se inscreve no TFD em agosto e em dezembro já está aqui fazendo a cirurgia. A gente viaja muito e tem essa visão global. A população do Acre é privilegiada.”

O Into tem hoje uma fila de espera de 22 mil pacientes. O hospital tem fila de até seis anos para pacientes residentes no Rio de Janeiro, onde se localiza o instituto. A próxima visita de uma equipe do Into será na última semana de janeiro para cirurgias de joelho, e até abril serão realizadas as de ligamento cruzado. O Acre tem hoje 250 pacientes na fila de espera para Tratamento Fora de Domicílio na área de ortopedia e traumatologia. “Até maio teremos zerado essa demanda”, garante o diretor-presidente do HC, Carlos Eduardo.

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