Equipe do BNDES aprova andamento das obras no Polo Moveleiro em Cruzeiro do Sul

Uma equipe do BNDES visitou as instalações do polo industrial e moveleiro de Cruzeiro do Sul (Fotos: Flaviano Schneider)
Uma equipe do BNDES visitou as instalações do polo industrial e moveleiro de Cruzeiro do Sul (Fotos: Flaviano Schneider)

Uma equipe do BNDES visitou as instalações do polo industrial e moveleiro de Cruzeiro do Sul (Fotos: Flaviano Schneider)

Uma equipe do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) visitou as instalações do polo industrial e moveleiro de Cruzeiro do Sul. Composta pelo gerente do Departamento de Gestão Pública da Área de Infraestrutura Social do BNDES, Irapuan Braga, e os técnicos Saturnino Filho e Jorge Souza, a equipe vistoriou todas as instalações financiadas pela instituição financeira.

Acompanhada pelo presidente da Cooperativa de Moveleiros e Marceneiros de Cruzeiro do Sul, João Evangelista, do diretor de Indústria da Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), Anderson Mariano, e do gerente regional da Sedens, José Maria Freitas, a equipe andou pelos galpões dos moveleiros, área administrativa e área industrial, e puderam apreciar alguns móveis feitos com design local, inclusive o mobiliário escolar produzido na região.

Irapuan Braga gostou do que viu. As instalações, o mobiliário e principalmente a maneira como o governo do Estado organizou e investiu na cadeia produtiva da madeira, unindo os pequenos empreendedores e mudando a modalidade de licitação, de modo a que eles pudessem competir com os grandes fornecedores. Para o diretor de Indústria da Sedens, Anderson Mariano, foi uma ótima oportunidade de o Estado mostrar um pouco do que está sendo investido no setor produtivo de Cruzeiro do Sul, especialmente no de marcenaria/movelaria, para o qual o governador Tião Viana tem olhado com todo o carinho.

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Além do investimento na estruturação dos empreendimentos, Anderson explicou à equipe do BNDES que também está sendo feito um intenso trabalho de regularização e licenciamento dos empreendimentos que vão funcionar dentro do polo e que o governo garante a compra da produção.

“A equipe do BNDES pode entender todos esses investimentos na cadeia produtiva. O governo licencia, o governo atua na infraestrutura e o governo garante a comercialização através do programa de compras governamentais”, disse.

Segundo Anderson, o polo já teve investimentos de R$ 9 milhões. Com a primeira metade dos recursos foram feitos toda a infraestrutura básica, arruamento, pavimentação e parte administrativa. Na segunda fase foram construídos os galpões em apoio à indústria moveleira.

Entrevista com Irapuan Braga

Como o senhor avalia a maneira como o Estado está investindo na cadeia produtiva da madeira?

Irapuan Braga – Eu entendo que o Estado do Acre demonstrou visão estratégica, visão de longo prazo e sensibilidade para entender a necessidade das pequenas empresas daqui do Vale do Juruá. Proporciona a elas uma condição de crescimento e com isso aumenta a renda das pessoas que vivem do setor de marcenaria. Lembrando que isso não traz benefícios só para o setor de marcenaria, porque essas empresas e seus empregados vão trazer recursos para toda essa região. O cidadão que ganha emprego numa marcenaria vai ter mais recursos para comprar alimentos, roupas, calçados e eletrodomésticos. Ele vai consumir serviços de médicos, de educação, eventualmente vai comprar seu automóvel, então isso traz uma dinamização e o progresso da economia da região como um todo. Isso é especialmente importante porque estamos numa região distante dos grandes centros. No Brasil é preciso diminuir a desigualdade entre as regiões para que se faça justiça social. A intervenção do Estado é essencial para corrigir distorções, que o mercado sozinho não é capaz de corrigir.

O senhor acha que o Acre pode vir a ser referência na movelaria?

Irapuan Braga – Não sou um especialista para aferir a qualidade dos produtos do Estado, mas acredito que eles estão tendo as condições para abrir sua visão de negócio. O fato de o Estado estar ajudando os cooperativados a visitarem empreendimentos bem sucedidos na Europa, para aprender com eles, trazer treinamentos, tudo isso faz com que eles abram sua visão e percebam novas oportunidades. Daí vai depender da competência e dedicação desses empresários em progredir. Quero ressaltar o papel dos empreendedores, os pequenos, que tiveram a percepção de que é bem melhor trabalharem juntos, cooperativados, do que competindo uns com os outros. Aquele velho ditado segundo o qual a união faz a força vale ainda hoje.

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