Epitaciolândia recebeu no fim da semana a Caravana de Cultura e Humanização. Foram dois dias de atividades com oficinas, palestras e a Feira de Economia Criativa. A ideia do projeto é estimular e valorizar práticas culturais, artísticas e de humanização nas comunidades.
Estudantes, professores e artistas se inscreveram nas oficinas. Humanização, artes e educação patrimonial são os conteúdos tratados.
Cine Mais Cultura – A oficina envolveu estudantes, professores e fazedores de cultura. ‘O que é cineclubismo?’, uma das ideias principais do conteúdo, veio aliada à linguagem cinematográfica. A exibição dos curtas-metragens brasileiros “A Fábrica” e “Disque Quilombola” levou os participantes ao debate sobre as duas produções.
“Achei interessante e proveitoso. Exibir filmes brasileiros, que a gente não dá muito valor. O mais legal foi ter a ideia dos planos utilizados pelo diretor e como ele construiu o filme. Quero participar do cineclube que iremos criar juntos e expandir essa ideia”, disse Ana Raquel, 16 anos.
Documentário, ficção e animação, o que caracteriza e define cada gênero, e a reativação das sessões do Cine Mais Cultura foram também tratados na oficina.
“Bem interessante, principalmente que eu tinha certo preconceito com os filmes brasileiros. Isso vai nos ajudar muito a termos uma visão ampla sobre nossa cultura”, comenta Cliver Hudson, 18 anos.
Oficina de Educação Patrimonial – Conhecer e refletir sobre o patrimônio histórico e cultural de cada município. Assim a oficina de Educação Patrimonial, ministrada pela arqueóloga Cristiane Martins, trabalha com a ideia de estabelecer com a comunidade local um canal de referência de comunicação patrimonial, que poderá servir de elo permanente para ações articuladas no presente e no futuro, na área de história, cultura e patrimônio.
“A ideia é garantir a visibilidade das comunidades, seus bens materiais e imateriais, como acervos, memórias, celebrações, ofícios, saberes e fazeres, além de seus cotidianos tão importantes para a história social do Estado. Estamos muito felizes com a participação das comunidades nas oficinas. Isso demonstra que valorizam a cultura de seu lugar. Eles são os atores responsáveis pela revitalização de todo o patrimônio cultural”, explica a arqueóloga.
Ao final da oficina, os alunos apontam lugares, espaços, ou pontos de referência de patrimônio cultural no município para uma visita guiada. O orquidário Bel Fiori foi o escolhido pela turma.
As oficinas: “Humanização da Gestão”, ministrada por Elineide Meireles e Aurineide Malveira, e a de Teatro, por Cleber Barros, completam o projeto.
Do rock ao regional
A Feira de Economia Criativa, ação do projeto Caravana de Cultura e Humanização é uma vitrine de produtos culturais. Artistas, fazedores de cultura e artesãos ocuparam a praça próxima ao Centro de Cultura e Florestania na mostra dos produtos artístico-culturais de Epitaciolândia.
A programação musical reuniu cantores e compositores do “Canta Meu Povo”, programa da Rádio Aldeia de Brasiléia. A dupla Irineia e Francisca trouxe um repertório autoral com apelo regional. Já a banda Female Revolution embalou o público com sucessos do rock brasileiro e internacional.
“Esse projeto é muito interessante. Aqui temos uma diversidade cultural, e uma feira como essa amplia o nosso olhar. Temos vários talentos aqui no nosso município. E que venham mais”, disse o escritor Elias Nunes de Freitas. Ele que tem três livros publicados participou da feira expondo e comercializando suas publicações.
O que é a Caravana de Cultura e Humanização
O projeto é desenvolvido em todas as cidades acreanas. Uma ideia que pretende estimular e valorizar práticas culturais, artísticas e de humanização, além de trabalhar na construção de políticas públicas do governo do Estado. O projeto teve início em Assis Brasil, já esteve em Epitaciolândia, e agora aporta nesta semana em Xapuri e Capixaba. Um leque de oficinas é oferecido, além da Feira de Economia Criativa. Elas abrangem conteúdos que tratam do processo organizacional, passando pelas artes até o patrimônio cultural.
A Caravana é promovida pelo do governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) e Diretoria de Humanização da Gestão Pública.