Entrega de tablets em escolas indígenas fortalece educação e preserva cultura: ‘internet veio para somar’

Cantos, estudo da língua materna, rituais e ensinamentos que podem ser agora compartilhados pela internet. Essa tem sido a realidade de escolas indígenas do estado, que nos últimos anos têm recebido internet e tablets como reforço na educação dentro dessas terras, que têm como desafio a logística para chegar até elas. Universalizar o acesso ao digital, mesmo nas áreas mais remotas, é garantir que os alunos da rede pública de ensino tenham as mesmas ferramentas de estudos, sejam eles da zona rural, urbana ou terra indígena.

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de  Educação, Cultura e Esportes (SEE), deve investir R$2.638.265 este ano para a implantação de internet via satélite e solução de segurança para 70 escolas indígenas. Segundo dados da Educação, são 151 escolas indígenas em todo o estado. Ao todo, em menos de dois anos, foram entregues 507 tablets em escolas de Feijó e Cruzeiro do Sul.

Escolas indígenas recebem tablets como reforço na educação. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Os relatos de quem já recebeu o aparelho são de mudança na forma de estudar, além de fortalecer a cultura, facilitar o contato, e proporcionar aos indígenas o acesso a um mundo de possibilidade. Em Feijó, são 35.426 habitantes, sendo 4.436 de pessoas indígenas, ou seja, 12,52% da população, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) baseados no último censo. Matriculados em escolas indígenas da cidade são pouco mais de 2 mil alunos.

O tablet para esses alunos traz a oportunidade de conectar tradição e inovação. E, ao contrário do que muitos possam pensar, não enfraquece a cultura desses povos.

Novos mundos

Sentada em uma árvore, ao lado da escola Teyu Shanenawa, Clarice Kaxinawa fala de como pode conhecer outras realidades mesmo sem sair da sua terra indígena. O acesso à internet a fez sonhar com uma profissão para defender os direitos do seu povo.

“A internet facilita meu estudo, a fazer meus trabalhos e pesquisa também. Tenho um sonho para realizar que é ser advogada e viajante, então o tablet me ajuda a fazer minhas atividades e conhecer mais lugares através da pesquisa. Posso conhecer mais sobre direitos humanos e outras aldeias do povo Huni Kuin”, avalia.

Para Ivanise Brandão, que está no 2º ano do ensino médio na escola Shanenawa, o tablet veio para facilitar o acesso à educação e fazer com que eles possam conhecer também outras culturas. Ela precisou parar os estudos por um período, hoje percebe como o avanço na tecnologia é aliada da educação.

“A vinda desse tablet melhorou muito pra gente pesquisar e é um apoio nas aulas de intercâmbio com outras comunidades. Passei um tempo afastada dos estudos, porque trabalhava na saúde indígena e também por conta da maternidade, tenho nove filhos. Mas, agora que voltei a estudar, o tablet me ajuda na escola e também uso para pesquisar sobre saúde e tudo que envolve educação”, conta.

SEE defende que expandir acesso à internet é democratizar o ensino. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Iago Batista Shanenawa também faz o 2º ano do ensino médio e diz que a internet o ajudou a pesquisar sobre assuntos que muitas vezes não estão nos livros disponíveis na escola.

“O tablet trouxe avanços para a gente fazer pesquisas, porque aqui na escola, às vezes, a gente não acha uma pesquisa em livros e na internet tem tudo, então a gente está aprendendo mais. Gosto de pesquisar mais sobre ciência”, completa.

Luana Shanenawa e Mayá Shanenawa, alunas da Escola Estadual Tekahayne Shanenawa, na Aldeia Morada Nova, dividem o interesse em estudar línguas estrangeiras e isso é o que mais pesquisam na internet. “Foi através de vídeos na internet que aprendi a falar espanhol. Além de pesquisarmos sobre outros povos indígenas, a gente pesquisa outras matérias, outros assuntos e foi com vídeos que ensinam o espanhol passo a passo que passei a falar a língua”, disse Luana.

Uma tradição dos povos indígenas é o canto, então muitos se dedicam a estudar os instrumentos. Como é o caso de Mayá, além da língua estrangeira, a internet a ajuda a aprender outros instrumentos. “Não toco apenas violão, mas outros instrumentos também, então tenho pesquisado muito sobre flauta, que é o que estou aprendendo agora. O tablet ajuda muito e espero que chegue a todos da comunidade. Esse aprendizado a gente acaba também levando para casa, já ensinei meu irmão de cinco anos a pesquisar”, conta.

Na Aldeia Nova Vida, a quase 30 minutos de barco da cidade de Feijó, os aparelhos chegaram para que Jonas Galdino Yawanawa, da Escola Moacir Brandão, pudesse aprender mais sobre uma área que é apaixonado.

Tecnologia facilita pesquisar e também fortalece a cultura tradicional. Foto: Marcos Vicentti/Secom

“Para mim, a chegada do tablet me ajudou a desenvolver conhecimento dentro da tecnologia, desenvolver mais do que a gente não sabia e poder pesquisar mais sobre diversos assuntos. Aprendendo e colocando em prática aquilo que pesquiso. Na minha casa, a gente também divide esse conhecimento, porque sempre é bom compartilhar. Já faço isso com meu irmão, meu primo e quem mais se interessar, porque faço questão de passar para os outros o que estou aprendendo também”, disse.

Uma novidade divulgada pela Secretaria de Educação este ano é que os alunos que terminarem o ensino médio podem ficar com o tablet. A decisão foi tomada com base em que aquele aluno precisa continuar estudando e isso deve facilitar a vida acadêmica dele.

Luciene de Oliveira, de 24 anos, terminou o ensino médio no ano passado e ficou com o aparelho que recebeu enquanto frequentava a escola. Com o acesso facilitado à internet, já planeja cursar o ensino superior.

“O tablet facilitou minha vida pelo fato de que na escola não tem computadores suficientes para que todos os alunos possam usar e existem conteúdos que precisamos pesquisar melhor, então assistia muito aulas on-line e outros vídeos. Com o tablet, tive a oportunidade de ter, através de pesquisas, conhecimento amplo do que acontece no Brasil afora. Fiquei feliz em poder ficar com o aparelho, porque não tenho computador em casa e pretendo me especializar em cursos básicos, incluindo informática, e fazer minha graduação em pedagogia”, planeja.

Alunos também registram a história de seu povo com vídeos e áudios. Foto: Marcos Vicentti/Secom

‘Povos existentes e resistentes’

Para quem tem a missão de ensinar, a chegada da internet dentro das terras indígenas é uma forma dos povos terem sua história narrada por eles mesmos, conhecendo a especificidade de cada etnia. Samara Carlos Brandão Shanenawa é professora e tem dois filhos que estudam em escolas indígenas.

“Sabemos que hoje o aprendizado dos nossos alunos, dos nossos filhos, é muito importante para a população indígena, porque muitos veem que a educação não tem que estar avançada dentro do movimento indígena, mas penso o contrário. A gente já viveu a vida do passado, hoje a gente está vivendo a vida do novo presente. Dentro desse novo presente, a gente está incluído nas tecnologias. Sabemos que a gente não pode mais viver só no tradicional, devido aos contatos que a gente teve e que o colonizador, que buscou tirar a nossa própria raiz. Agora a gente está fortalecendo essas duas culturas, que é a cultura do nosso povo tradicional Shanenawa, mas, dentro disso, está englobada também a cultura dos não-indígenas, que está dentro do mundo da leitura e da escrita”, destaca.

A professora acrescenta que é preciso conhecer e estar acompanhando esses avanços, pois é necessário que os indígenas ocupem lugar de destaque para falar de sua cultura e também se formar em áreas para que representem seu povo.

“A chegada da internet nas escolas indígenas é muito importante. Ela não diminuiu a nossa cultura e trouxe um ponto positivo de fortalecimento. Como é contada nossa história nos livros? De coisa tirada da cabeça de colonizador, não da vivência que tinha com a gente. E a internet traz essa visibilidade para a cultura indígena. A gente não vive mais no passado, não perdemos nossa raiz ancestral, claro, não tem como tirar isso de nós, mas a chegada da tecnologia não indígena, chega para que a gente mostre para o mundo inteiro que nós somos povos existentes e resistentes, então a internet veio para somar.”

A educação indígena trabalha com o fortalecimento da cultura, assim em todas as escolas há intercâmbio entre os povos, o que foi um avanço também com a chegada dos aparelhos e internet. Além disso, como muitas dessas escolas ficam em locais de difícil acesso, em períodos mais chuvosos, os alunos recebem atividades de forma on-line.

Os professores também receberam notebook do governo, assim os planos de aula e outros documentos hoje são digitalizados também nessas escolas. Cleudo Gomes Shanenawa faz um panorama desses avanços. Para ele, mesmo que ainda haja conquistas a alcançar, a educação indígena tem muito a comemorar.

A educação escolar indígena já teve bastante luta para conseguir chegar ao patamar em que nós estamos. A chegada do tablet trouxe um avanço muito grande na forma de se trabalhar, já que hoje precisamos usar a internet e, antes da vinda desse tablet, a gente encontrava muitas dificuldades, inclusive era preciso os próprios alunos usarem o seu aparelho pessoal, individual, para fazer essas pesquisas. Quando chegou, o tablet trouxe com certeza esse avanço dentro desse trabalho nas escolas indígenas e isso facilitou muito o nosso trabalho”, enfatiza.

Pesquisas vão desde conteúdos didáticos até conhecimentos de outros povos indígenas e aprender outra língua. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Documentar a história

Para outros professores, a tecnologia vem para auxiliar no registro da história de cada povo. As escolas atualmente trabalham o resgate da língua materna e aí entra o trabalho dos anciãos das aldeias. Na sala de aula, eles auxiliam os professores e os mais novos na língua tradicional.

Em algumas escolas, essas aulas são gravadas com os tablets. Isso faz com que esse conhecimento seja arquivado por muitos anos e não se perca, como aconteceu em algumas etnias. É a tecnologia a favor do fortalecimento da tradição.

Wasa Nawa Shanenawa, professor da Escola Tekahayne Shanenawa, Aldeia Morada Nova, em Feijó, agradeceu o olhar que o governo do Acre, por meio da Secretaria de Educação, tem dado às comunidades indígenas.

“A gente tem uma grande necessidade de ter esses equipamentos dentro da aldeia, porque hoje os nossos anciãos estão partindo desse mundo, então quando a gente tem essas ferramentas, esse equipamento de trabalho, faz vídeo, faz filme, você grava áudio de cantorias, de histórias, e isso ajuda a preservar a história do nosso povo. Quando chega no final do ano, a gente se reúne dentro do auditório e a gente passa os filmes. No decorrer deste ano, perdemos dois anciãos, mas ficaram as imagens e a história registrada”, diz.

Para as lideranças indígenas, a chegada da tecnologia faz com que as comunidades acompanhem os avanços sem que os jovens precisem sair de suas terras, o que é muito importante para eles.

“Antigamente nossos parentes, meu pai, meu avô, não tinham a oportunidade de escrever e ler, mas sabiam ensinar o seu povo. Hoje temos essa facilidade de ter essa educação, que faz a gente conhecer a escrita, a leitura e também para reivindicar tudo aquilo que nós merecemos, tudo aquilo que nós precisamos. Facilita também porque não temos mais a preocupação de nossos filhos terem que ir estudar em outro lugar”, pontuou Inácio da Silva Brandão Shanenawa, cacique da Aldeia Shanenawa.

Alunos de escolas indígenas têm recebido tablets para ajudar na educação. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Além disso, a liderança lembra que, com a chegada da internet, cada povo pôde acompanhar melhor a cultura das diferentes etnias e também serviu de vitrine para as diversas comunidades.

“Antes, pra gente ter um evento, ter uma festa cultural, algum serviço, alguma reunião, a gente saía convidando, passando o recado de boca a boca. Hoje, eu comunico de casa para todo mundo. Nossa comunicação melhorou bastante com a internet, consigo conversar com o cacique de alguma outra aldeia e trocamos ideia e contamos o que está sendo feito em cada aldeia”, completa.

Francisco Galdino Yawanawa, pajé da aldeia Nova Vida, vê com bons olhos a chegada da tecnologia nas terras indígenas e comemorou os investimentos feitos na área pelo governo do Estado.

“Nós não temos condições de comprar um aparelho desses para nossos filhos que estão estudando. Então, isso foi muito bom, porque o governo ajudou, deu uma ajuda para os nossos filhos que estão aprendendo cada vez mais e isso nos ajuda muito em casa também, porque quando precisamos entender algo mais difícil, eles já conseguem nos passar.”

Logística até escolas indígenas é um dos desafios da Educação. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Pertencimento

O Núcleo de Educação em Feijó acompanha todo esse trabalho de perto e é responsável pela entrega dos aparelhos nas escolas indígenas da cidade. Marines Dantas, coordenadora, explica que expandir o acesso à internet às comunidades mais distantes é democratizar o ensino.

“O trabalho com a educação escolar indígena é um desafio por si só, levando em consideração as longas distâncias em que as escolas estão localizadas, se torna um desafio muito maior. No entanto, nós temos conseguido nos organizar para atender, ainda que parcialmente, aquelas escolas que estão mais distantes da sede do município. As novas tecnologias estão sendo inseridas no contexto educacional destas escolas têm se tornado uma estratégia de ensino que o professor utiliza, dentro de um planejamento para agregar mais conhecimento para os alunos”, pontua.

Ela diz que esse acesso tem avançado ainda mais com a formação de professores em tecnologia e inteligência artificial, isso sem fazer com que esses alunos deixem para trás suas tradições.

Tradições são seguidas em escolas indígenas, com fortalecimento da cultura. Foto: Marcos Vicentti/Secom

“O uso da informática vai agregar mais conhecimento e, além disso, vai fazer com que estes alunos evidenciem para outras realidades, não é para outras cidades, para outras localidades, o conhecimento que está sendo gerado aqui. Então, vai ser um elo que não vai se romper. O uso da tecnologia favorece a aprendizagem dos alunos e, ao mesmo tempo, fortalece aquele sentimento de pertencimento à sua comunidade, que é isso que nós projetamos dentro da educação: trabalhar a qualidade da educação, mas valorizar aquilo que está dentro da comunidade”, reforça.

Ao todo, Feijó tem 30 escolas indígenas e mais 10 anexos geridos pela Secretaria de Educação. O maior desafio tem sido o acesso a essas terras, que, em alguns casos, pode levar até oito dias de barco, a depender do nível do rio.

“Temos conseguido fazer um acompanhamento, claro que muita coisa em termos de logística precisa melhorar devido às condições de distância, mas é um sentimento de dever cumprido, de fazer com que essas tecnologias, equipamentos tecnológicos, laboratórios, que antes eram uma realidade apenas da cidade, estejam chegando nas aldeias e nas escolas indígenas. Isso é um desafio, mas é um desafio que está se concretizando e esse é o sentimento que o governo do Estado, o secretário Aberson Carvalho, têm em garantir que as comunidades indígenas recebam a mesma qualidade de ensino de um aluno da cidade, de um aluno da capital. É um investimento alto do governo do estado, mas um investimento que tem concretizado a educação de qualidade.”

Alunos compartilham o conhecimento adquirido em sala de aula. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Aldeni Nunes de Matos, coordenador pedagógico das escolas indígenas no município de Feijó, diz que a chegada dos tablets foi um grande avanço para as comunidades.

“As escolas estão trabalhando justamente com os professores para que possam aprimorar seus conhecimentos, tanto da língua materna, como o conhecimento da língua portuguesa e outras disciplinas. A gente tem acompanhado essas escolas, tanto as mais distantes como as mais próximas, e os professores conseguem hoje fazer grupos de videoaula para os alunos que moram mais distante e que a locomoção fica mais difícil em período de chuva”, explica.

Apesar de a educação indígena ficar sob responsabilidade da Secretaria de Educação, todas as ações são discutidas com a Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi). Inclusive, para debater melhor os investimentos nessas áreas, foi criada a Comissão de Educação Escolar Indígena, de acordo com a lei 3.467/2018.

“Essa comissão tem um representante de cada povo indígena e vai debater e pensar ações para melhorar a educação nas escolas indígenas. Temos a questão da logística nessas terras, então são muitos desafios que precisam ser pensados pela gestão pública. Hoje, como temos a secretaria específica, todas as pastas que têm demandas indígenas trabalham em parceria com a gente. Então, nos próximos anos queremos ficar na formação dos professores e estrutura dessas escolas”, afirmou a secretária Extraordinária dos Povos Indígenas, Francisca Arara.

O governador Gladson Cameli destaca que tem focado no fortalecimento da cultura indígena no estado. Para ele, investir na digitalização das escolas indígenas, é proporcionar que o acesso seja igualitário para todos os alunos da rede pública.

“O nosso compromisso com a educação é que todos os alunos da rede pública do Estado tenham acesso às mesmas ferramentas para o desenvolvimento escolar. Então, em um mundo digital, é preciso apostar nessas tecnologias a favor da educação. Desde o ano passado, criei a Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas justamente para avançarmos ainda mais nessas áreas, sendo uma pasta que acompanha de perto todas as questões relacionadas aos povos indígenas, mantendo o diálogo para cada vez mais alcançarmos essas comunidades, independente de logística e distância”, disse.

Capacitação

Só no ano passado, segundo dados da Secretaria de Educação, foram investidos mais de R$ 398,2 mil na compra de tablets. Outros R$ 95.823 foram usados na ampliação da internet nessas aldeias.

O secretário de Educação do Estado, Aberson Carvalho, reconhece o desafio de chegar nessas áreas, que têm acesso de barco em uma viagem que pode durar até 10 dias.

“Há um disparate estrutural, mas o governo Gladson busca fazer essa reparação, olhando para um aspecto da educação que se tenha uma caracterização da língua originária, juntamente com as garantias de direito do conhecimento científico, ou seja, daquilo que é produzido nas disciplinas comuns”, disse.

Ao todo, estão sendo construídas 30 escolas indígenas, além de capacitação dos professores.

“Já prontas, entregues, temos 11 escolas. Estamos finalizando agora a formação indígena, onde tivemos vários professores, vários coordenadores indígenas pedagógicos presentes nessa capacitação. No meio do ano, no recesso, vamos estar capacitando e formando em magistério alguns professores nossos que não têm essa habilitação, para garantir uma melhor prática pedagógica. Todos esses investimentos são voltados para garantir, justamente, esse direito de uma educação com qualidade e respeitando a dignidade do aluno e do professor.”

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